domingo, 11 de agosto de 2013

Lixeira Nerd: Dragonball Evolution

Isso não é Dragonball!!!

Por Georgeos Constantim

Qual é o “homem” mais forte do universo nerd? Bastante recorrente em conversas com amigos, essa questão muitas vezes chega, depois de muitos nomes, em Goku, personagem principal do mangá de Akira Toriyama, mas sempre há o engraçadinho que vem com o argumento "Mas o Goku do filme é bem fraquinho hein.". É nesse momento que o maior argumento de todos é gritar a plenos pulmões "Aquilo não é Dragonball e muito menos é o Goku!!!", tirando a necessidade de explicar que o filme é terrível de seu roteiro (uma afronta aos fãs) aos efeitos visuais.
Com tantos erros, por onde começar? Vamos direto ao maior deles: Se você vai fazer um filme sobre um dos maiores ícones de uma geração de otakus, tenha o mínimo de respeito com o seu público! Não esse desastre que foi apresentado pela 20th Century Fox em 2009. Ignorando toda a mitologia de Toriyama, Dragonball Evolution consegue errar em todos os aspectos, passando longe de um roteiro no mínimo parecido com o anime e de melhores cenas de ação, que é um dos pontos fortes da saga de Goku. Com tudo isso já posso disser com total segurança que esse filme é para um amante de Dragonball uma morte em vida e para um público comum no máximo uma sessão da tarde ruim.
“Eu sou a esperança do universo. Eu sou a resposta para todas as coisas vivas que clamam por paz. Eu sou o protetor dos inocentes. Eu sou a luz na escuridão. Eu sou a verdade. O bem para todos! Um pesadelo para você!" diz Goku no auge de sua batalha contra Freeza no anime. Este é o Goku salvador da humanidade e maior guerreiro da galáxia, não a porcaria do adolescente com cara de pastel de Justin Chatwin! O ator (numa atuação um pouquinho superior ao resto do elenco) faz um personagem bastante perdido e é guiado por um velho tarado que lembra um pouquinho a figura do senhor Kame em sua jornada para se vingar do assassino de seu avô. Até aí poderia ser um história normal de Dragonball, pois o forte do anime não é trazer uma grande trama mas sim focar em lutas épicas e na conexão entre seus personagens, mas aí a produção resolve simplesmente largar tudo isso em prol de embates bem água com açúcar e uma trama que perde sua motivação principal na primeira metade.
Com uma sequência de lutas muito mal coreografadas, efeitos visuais ruins e história fraca, espera-se do clímax algo pelo qual tenha valido toda a tortura angustiante, mas sem sucesso. O kamehameha, maior arma de Goku e na minha opinião um golpe místico e poderoso que consistia em lançar uma bola de energia através da palma da sua mão em direção ao inimigo, torna-se no filme quase um soco (e dos mais bobos), pois "Goku" voa em direção ao vilão para acertá-lo(?!).
Um filme sem sombra de dúvidas esquecível e que não faz parte do cânone de uma das melhores mitologias do mundo dos animes e do mangá, Dragonball Evolution só não aniquila por completo a criação de Akira Toriyama pela forte conotação com a infância de muito marmanjo. Pra que fazer um filme desses senão arruinar sua carreira e deixar muito fã irritado? Pergunte a James Wong e Stephen Chow, respectivamente diretor e produtor dessa desgraça de proporções altíssimas.

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