Han Solo - Uma História Star Wars

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Deadpool 2

Continuação tenta manter a subversão do original enquanto se rende às convenções hollywoodianas

Desejo de Matar

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Nos Cinemas #1

Nossos comentários sobre O Dia Depois, Submersão e Com Amor, Simon

Jogador N° 1

Spielberg faz seu comentário sobre o próprio legado em Hollywood sem esquecer do espetáculo no processo

sábado, 30 de novembro de 2013

Novidades da Semana: Games (24/11/13 a 30/11/13)

A seguir, os destaques dessa semana no mundo dos games:

A caixa de areia espacial: Segundo informações do Kotaku, a Electronic Arts Canada pode estar trabalhando em um jogo de estilo sandbox sobre o universo Star Wars. A empresa publicou anúncios à procura de membros para a equipe de desenvolvimento do suposto game de mundo aberto, entre estas as vagas de designer de combate e diretor de animação. Na última, a descrição da EA Canada diz que a empresa está produzindo um "grande jogo de ação em mundo aberto para a próxima geração.". O Kotaku sugere que os anúncios feitos pelo estúdio podem estar relacionados ao desenvolvimento de Star Wars: Battlefront pela DICE, ao qual a EA Canada estaria se juntando.

Mudando a trajetória: Quantum Break, o jogo exclusivo da Remedy Studios para o Xbox One, trará também em seu disco episódios da série de TV de mesmo nome, que será influenciada pelas decisões do jogador na campanha. Segundo Sam Lake, diretor criativo da Remedy, "Os atos do jogo estão entrelaçados com os episódios da série. Nosso vilão tem uma habilidade de junção que permite enxergar diferentes futuros, diferentes linhas do tempo. Você pode explorá-las visões e basear suas escolhas nisso. Depois, colocamos o capítulo do programa. Desde a primeira cena, você recebe um conteúdo alternativo dependendo das escolhas que fez.". O jogo, ainda sem previsão de lançamento, começa em uma experiência universitária de viagem no tempo que dá errado e garante aos três protagonistas as habilidades de manipular o tempo e prever o futuro.

Algum sucesso: Ainda de acordo com a Microsoft, os gamers do novo console já mataram mais de 60 milhões de zumbis em Dead Rising 3, dirigiram mais que 5 milhões de km em Forza Motorsport 5, conseguiram completar cerca de 7,1 milhões de combos em Killer Instinct, receberam algo em torno de 43,3 milhões de pontos no Xbox Fitness e derrotaram mais de 8,5 milhões de soldados inimigos em Ryse: Son of Rome desde o lançamento do console. O Xbox One é vendido no Brasil por R$2299,00.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Novidades da Semana: TV (24/11/13 a 29/11/13)

A seguir, os destaques dessa semana no mundo da televisão:

Cansei: Jack Gleeson, o Joffrey Baratheon de Game of Thrones, anunciou pelo jornal irlandês Independent que vai parar de atuar após encerrar seus trabalhos na série. O ator mirim justifica a decisão afirmando que "O estilo de vida que vem junto de ser um ator em uma série de TV de sucesso não é algo que eu quero para mim", revelando logo em seguida que nunca se viu no seriado: "quando assito qualquer coisa, tenho calafrios na espinha.".
Mesmo com todo o corre-corre da adaptação dos livros de George R.R. Martin, Gleeson afirma na entrevista que conseguiu manejar seus estudos na universidade Trinity, onde faz o curso de filosofia e teologia, com o trabalho de ator.  "Depois de ter voltado para a faculdade, [...] eu meio que reavaliei minhas prioridades", diz. Enquanto isso, Game of Thrones prepara-se para estrear sua quarta temporada no primeiro semestre de 2014 na HBO.

Prepare o cérebro: Com a exibição do especial de 50 anos de Doctor Who, The Day of the Doctor, no último sábado, a mitologia do Senhor do Tempo teve modificações significativas. (possíveis spoilers a seguir). No episódio, é explicado que depois das primeiras oito encarnações do Doutor houve a regeneração da Guerra - interpretada no especial pelo ator John Hurt -, alterando assim a ordem de aparições do personagem a partir da de Christopher Eccleston. Porém, o Doutor de David Tennant ocupa dois números nessa nova escala, pois ele se regenerou para ele mesmo no episódio "Journey's End", tornando a versão de Matt Smith no 13° Doutor.
Ao The Mirror, o roteirista e produtor Steven Moffat diz que "o limite de 12 regenerações está na mitologia de Doctor Who - ficção científica tem que se apoiar em regras, não se pode casualmente quebrá-las", perguntando logo em seguida "Então se o Doutor não pode mudar novamente, o que Peter Capaldi (o novo intérprete do Doutor) está fazendo no especial de Natal?". A resposta para essa pergunta será respondida no dia 25 de dezembro, quando o episódio "The Time of the Doctor" vai ao ar.

Marque no calendário: A terceira temporada de Sherlock começa no dia 1° de janeiro de 2014. Os outros dois episódios vão ao ar em 5 e 12 de janeiro.

Maaaaaan: No último domingo, o episódio de Uma Família da Pesada resolveu matar um importante personagem da série de maneira trágica. Se não quiser saber quem foi, pare por aqui. 

Em "Life of Brian", o cachorro sofisticado e falante da família Griffin foi atropelado por um carro momentos depois do bebê Stewie ter quebrado de maneira permanente sua máquina do tempo, eliminando de vez o personagem. Dublado pelo criador do desenho Seth MacFarlane, Brian é substituído pela família um mês depois de seu falecimento por um novo cão, dublado por Tony Sirico (Família Soprano). O próximo episódio promete seguir a vida dos Griffin normalmente, sem nenhum plano para se ressuscitar Brian.
Em declarações, o produtor Steve Callaghan diz que a morte do cachorro surgiu de uma ideia dos roteiristas com o objetivo de mudar a rotina da família. Brian foi o escolhido para ser sacrificado pois "parecia menos traumático do que matar uma das crianças.". Ele ainda afirma não temer a reação negativa dos fãs ao acontecimento: "Nossos fãs são espertos e têm sido fiéis à série por tanto tempo que sabem que podem confiar em nós. Sempre fazemos escolhas que funcionam em benefício da série.". O personagem esteve em todos os episódios de Uma Família da Pesada desde o episódio piloto.

Novidades da Semana: Quadrinhos (23/11/13 a 29/11/13)

A seguir, os destaques dessa semana no mundo dos quadrinhos:

Pera um pouco que já já a gente lança: Inhuman, a nova série de Matt Fraction com desenhos de Joe Madureira para a Marvel Comics, vai sofrer um pequeno atraso. Prevista antes para ser lançada em janeiro nos Estados Unidos - logo após, portanto, da recém-finalizada saga Infinity - o título mensal terá sua primeira edição nas bancas agora apenas em abril, com o número 2 previsto para maio. A publicação vai lidar com a delicada situação atual dos Inumanos na cronologia, como divulgado na sinopse a seguir (contém spoilers): "Após a queda de Attilan, a cidade dos inumanos, e a explosão da bomba de Terrígeno, milhares de pessoas ao redor do mundo sem nenhuma conexão com a estranha super raça se transformaram em inumanos! A transformação deu a eles poderes perigosos e assutadores, tornando-os alvos. Com o rei dos inumanos Raio Negro dado como morto, há alguém a quem estes novos inumanos podem recorrer?".
É especulado que a série seria uma futura base da Marvel Studios para o filme dos Inumanos, que serviriam de "mutantes" para o estúdio, que não tem os direitos cinematográficos dos X-Men. Inhuman faz parte do projeto All-New Marvel Now, que está relançando alguns títulos da editora após a Marvel Now, atualmente sendo publicada no Brasil (Confira nossos previews sobre a iniciativa aqui e aqui).

Entre "Ufas" e comemorações: Quando a Marvel resolveu cancelar a premiada série atual do Demolidor nos quadrinhos, muitos fãs lamentaram e xingaram a editora. A publicação, porém, sofrerá apenas uma reformulação, mantendo o roteirista Mark Waid e o desenhista Chris Samne no comando do Homem Sem Medo. Com numeração zerada, uma nova série será iniciada em março de 2014, fazendo parte da já citada All-New Marvel Now, e mostrará o vigilante se mudando de Nova York para São Francisco. A trama seguirá daonde o título parou.
Em declarações para o Nerdlist, Waid disse que foi oferecida a ele a oportunidade de relançar o título durante a Marvel Now, ocorrida em 2012, mas por estar no meio da história ele resolveu recusar o convite. "Quando surgiu a oportunidade de relançar a série no ano que vem, tudo fez muito mais sentido, já que estamos prestes a mudar literamente cada aspecto da vida de Matt Murdock. Cada um deles", afirmou. Repleta de desafios, a transição do advogado Matt Murdock para o novo lar será mostrada no título digital Daredevil: Road Warrior, publicação independente com arte de Peter Krauser.
Enquanto isso, a polêmica série Vingadores: Arena será finalmente encerrada pela Marvel Comics. A derradeira edição #18 será lançada no dia 27 de novembro e mostrará o fim dos planos de Arcade. Vindo do extinto Avengers Academy,o título se tornou bastante controverso já logo após seu lançamento, pois a trama mostra esse vilão aprisionando jovens heróis em uma ilha controlada por ele e obrigando-os a fazer parte de um torneio à la Battle Royale e Jogos Vorazes. É obvio que muitos fãs reclamaram da série, fazendo até um abaixo-assinando em prol do fim de Vingadores: Arena.

Pé na porta e porrada na cara: Em entrevista ao The Guardian para divulgar um de seus novos trabalhos, o encadernado Fashion Beast, o consagrado escritor Alan Moore resolveu soltar bordoada pra tudo quanto é lado. Inicialmente, o britânico deu uma pequena agulhada no escocês Grant Morrison, que criou "uma tática de basear algumas de suas narrativas em meu estilo, e também tenta ficar mais famoso falando mal de mim sempre que tem oportunidade. Não tenho nada a ver com ele.".
O ataque fulminante veio, porém, com sua estonteante declaração de que não lê nada há mais de 16 anos, afirmando que o gênero, nas histórias em quadrinhos, não apresenta mais nada de positivo: "Eu não leio nada de super-heróis desde que terminei Watchmen. Odeio super-heróis. Acho que eles são abominações. Eles não significam mais o que costumavam significar. Eles ficavam originalmente nas mãos de escritores que ativamente expandiam a imaginação de seu público, formado por crianças de nove a 13 anos. Eles faziam isso muito bem. Hoje, os quadrinhos de super-heróis não tem nada a ver com essas crianças de nove a 13 anos. É uma audiência formada geralmente por homens, de 30, 40, 50, 60 anos. Alguém criou o conceito de graphic novel. Os leitores se agarraram a ele, interessados em uma maneira de validar seu contínuo amor pelo Lanterna Verde ou Homem-Aranha sem parecer de alguma forma emocionalmente subnormal. Eu não acho que o super-herói significa nada de bom. Acho bastante alarmante ver adultos assistindo ao filme dos Vingadores e se deliciando com conceitos e personagens criados para entreter crianças de 12 anos dos anos 1950."

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Sobras: Vingadores - Guerra Sem Fim e O Sombra

Às vezes não dá pra escrever todas as críticas no tempo certo. Vamos então às nossas sobras de quadrinhos do mês!

Vingadores: Guerra Sem Fim

Por Pedro Strazza

Durante os anos 80, a Marvel Comics, sob o comando de Jim Shooter, resolveu abrir uma linha de graphic novels em sua matriz editorial, chamada Marvel Graphic Novel, abrindo assim espaço para que grandes artistas da época como Jim Starlin e Chris Claremont trouxessem novas ideias para personagens consagrados da editora, o que gerou clássicos como The Death of Captain Marvel.  Agora, em 2013, o editor-chefe da empresa Axel Alonso ressuscitou o projeto, intitulado agora Marvel Original Graphic Novels, e encarregou o roteirista Warren Ellis (Transmetropolitan, The Authority) de escrever o volume inaugural do selo.
Mas a sensação que é deixada após a leitura de Guerra Sem Fim ficou bem longe do resultado pretendido. Extremamente didática e verborrágica, a história política escrita por Ellis poucas vezes consegue puxar o leitor para dentro da trama, que insiste, mesmo depois do visto em A Essência do Medo, em aliar fatos da Segunda Guerra Mundial com mitologia nórdica em um contexto atual não muito funcional. Os dramas vividos pela equipe liderada por Capitão América soam meio bobos, principalmente o de Thor. O Homem de Ferro aqui também não convence, sendo uma mistura estranha da atuação de Robert Downey Jr. com um garoto mimado e beberrão. Os desenhos de Mike McKone parecem feito às pressas, e as cores usadas por Jason Keith completam a avalanche de problemas.
A principal falha da graphic novel, porém, é ficar em dúvida sobre qual público escolher. Os leitores mais novos e vindos dos filmes vão ficar confusos com fatos da cronologia recente da Marvel, e os antigos não vão conseguir entender as mudanças de personalidade dos principais personagens. Combinado aos fatores citados anteriormente, Guerra Sem Fim perde por completo o mercado e a necessidade de existir, sendo lembrada apenas como o péssimo reinício da Marvel Comics nessa linha de publicações.
Nota: 3/10

O Sombra - Volume 1: O Fogo da Criação

Por Pedro Strazza

Criado nos anos 30, o Sombra é um personagem que, assim como grande parte dos heróis pulp, sofreu com a inevitável passagem do tempo. Originalmente do rádio, o vigilante que sabe o mal dentro dos homens ganhou em 2012 um novo título em quadrinhos pela Dynamite, com roteiro de Garth Ennis e desenhos de Aaron Campbell.
A escolha de Ennis para escrever a trama não poderia ser melhor. Autor de obras como Preacher e The Boys, o seu estilo violento e sádico casa naturalmente com as ações de Lamont Cranston, cujos poderes e motivações são tratados de maneira misteriosa, pelo menos no primeiro arco da revista (aqui lançada sabiamente na forma de encadernado pela Mythos). A ambientação no período anterior à Segunda Guerra Mundial também é um acerto, pois traz ao leitor, pelas palavras do roteirista e ilustrações condizentes de Campbell, a sensação de pura tensão vivida na época. O uso de vilões japoneses contribui para criar esse clima, mostrando que não foram só os nazistas que tocaram o terror nesse período nefasto da humanidade.
Se não fosse pela necessidade de explicar todo o raciocínio de Cranston ao final da trama, O Fogo da Criação poderia ter almejado algo mais nesse reinício do Sombra nesta década. Esse começo da jornada do personagem no século XXI, porém, não deixa de ser um baita acerto da Dynamite, que faz agora um excelente trabalho de resgate ao passado através desses heróis tão intrigantes.
Nota: 8/10

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Crítica: Antes de Watchmen - Ozymandias

Len Wein investiga a mente do homem mais inteligente do mundo

Por Pedro Strazza

Das armas mais perigosas que existem no mundo, o conhecimento é a maior e mais importante. De posse do saber, vários integrantes da sociedade, seja por boas ou más intenções, conseguiram vencer importantes guerras, formaram ideais políticos de gerações e trouxeram o futuro para nossa realidade, definindo assim os rumos da humanidade. Mas, desses verdadeiros gênios das ciências da natureza, sociais e políticas, houve aqueles que tomaram as decisões mais difíceis em prol do bem-estar geral da população. Um deles é Adrian Veidt.
O fictício personagem criado por Alan Moore, que ao final de Watchmen matou uma grande parcela da população mundial para parar o relógio do Juízo Final, é uma figura das mais intrigantes no universo criado pelo inglês em 1986. Considerado na graphic novel como "o homem mais inteligente do mundo", "vilão" da história é o foco do roteirista Len Wein (criador do Monstro do Pântano) em Antes de Watchmen: Ozymandias, explorando sua vida e o porquê de sua decisão dramática.

A vida segundo o mais inteligente do mundo

De cara, um dos grandes pontos de diferenciação deste prelúdio com as outras minisséries lançadas pela DC Comics é a maneira como a trama é feita. Contada do ponto de vista de Veidt, o roteiro vira aqui uma espécie de autobiografia do protagonista, que relembra todos os pontos marcantes de sua vida antes de seu plano começar a se desenrolar. Essa escolha por uma narrativa mais "pessoal" foi uma decisão bastante acertada de Wein, pois o texto dito por Ozymandias torna-se muitas vezes tendencioso à sua pessoa, distorcendo assim os fatos por causa de seu ego extremamente exarcebado.
Essa parcialidade das palavras é auxiliada pela diagramação das páginas, que fogem do estilo quadrado e adotam frames em formatos de circunferências para dar à HQ um ritmo bastante fluído e agradável. Em cima disso, as belíssimas artes do experiente Jae Lee abusam da palheta de cores frias para criar um ambiente não muito convidativo ao protagonista, casando assim com os duros fatos contados na minissérie.

Uma investigação profunda de personalidade

O uso de um tom autobiográfico também fornece a Wein uma ferramenta esperta para entrar em detalhes sobre a história de Veidt. Através de suas palavras, o leitor descobre mais sobre os motivos que o levaram a abandonar a riqueza da família para conseguir a própria, além de evidenciar os momentos que formaram seu caráter e sua análise em relação a outros pessoas.
Nesse contexto, três figuras são a chave para compreender a complexa mente do protagonista: Alexandre da Macedônia, ao qual Ozymandias toma como ídolo e base de comparação; o Dr. Manhattan, que desperta nele fascínio e medo; e o Capitão Metrópole, cuja inocência em sua conversa com Adrian é a prova final de como o protagonista despreza a "burrice" da humanidade.
Outro importante personagem na trama é o Comediante, que serve aqui como um ser antagônico. Sua personalidade bruta e animal confronta o perfil calmo e tático do herói, criando em Veidt uma estranha relação de ódio e amizade. Dos vários encontros ocorridos entre os dois, o mais interessante é a luta travada entre os dois no cais.
Essa investigação do perfil de Ozymandias é com certeza o maior atrativo do prelúdio. Após uma leitura mais atenta dos seis capítulos que compõem a minissérie, é notável como Len Wein soube se aprofundar na mente de Veidt sem se perder em questões bobas ou tramas não muito interessantes, focando-se principalmente no crescimento e amadurecimento do protagonista. Ao final, a conclusão é de que ser o homem mais inteligente do mundo não significa que a vida possa ser mais fácil, mas sim repleta de duras atitudes e de um aprendizado constante. Dos erros dos outros, naturalmente.
Nota: 10/10

Lixeira Nerd: Highlander II - A Ressurreição

O filme que cortou a cabeça da franquia imortal nos cinemas

Por Pedro Strazza

É sempre assim em Hollywood: Filme faz um baita sucesso, filme ganha continuação. Sendo ruim ou boa, a sequência parte geralmente do princípio financeiro de que todo o público de uma produção bem sucedida nas bilheterias irá em massa assistir o segundo episódio daquela história que tanto a agradou no passado. A parte péssima desses número 2 inesperados é a mudança abrupta de importância para o estúdio do primeiro para o segundo, que recebe muito mais interferências dos produtores e perde por completo sua originalidade.
Quem infelizmente seguiu por esse tenebroso caminho é a continuidade de Highlander - O Guerreiro Imortal, cujas sequências foram ficando piores a cada capítulo lançado. A começar pela continuação direta, A Ressurreição, que transformou por completo - e para pior - os conceitos estabelecidos pelo original de 1986.
O tom poético e épico das lutas entre os imortais perdem muito espaço para equivocados e mal postos conceitos ecológicos e de ficção científica, claramente inseridos pelo estúdio para garantir um maior sucesso e valor atrativo à produção. Mesmo sendo uma ideia até interessante, o plot da humanidade ter desgastado quase por completo a camada de ozônio do planeta - grande questão política na época - e estar pagando as consequências não cabe em uma história sobre o drama de ser imortal, que sai por completo do foco da trama.
As alterações na estrutura básica das lutas entre os imortais também contribui para o fracasso. Querendo explicar o porquê destes homens brigarem até a morte, o roteiro de Brian Clemens e William N. Panzer resolve definir esses personagens como alienígenas do planeta Zeist que foram exilados para a Terra para disputar O Prêmio. E isso é só o começo. Há uma sequência de justificativas tão mal-feitas no longa que o espectador rapidamente perde o interesse nelas e tenta se lembrar dos tempos onde tudo ainda era misterioso e intrigante. Tempos com certeza melhores.
A ressurreição de Ramirez (Sean Connery) também quebra significativamente o filme. Morto durante o longa original, a volta do mestre de MacLeod (Christopher Lambert) é incongruente tanto na estrutura de A Ressurreição quanto na história original, provando de vez o quão comercial essa continuação se tornou.
Essa motivação de apenas "façamos dinheiro não importe as consequências" fez com que a franquia afundasse rapidamente e de maneira triste. A grande maioria dos fãs (e do público) não conseguem sustentar a avalanche de falhas e decepções geradas com Highlander II, que se perde ao tentar modificar a mitologia bem estabelecida em prol de mais continuações. Uma pena, pois havia tantas maneiras mais inteligentes e legais de se fazer algo digno com a trajetória do escocês nos cinemas...

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Warp Speed News: A Terceira Idade Contra-Ataca!

Trabalhou o dia inteiro e não deu tempo de ver as notícias do dia? Não se preocupe, o Warp Speed News está aqui pra te informar do melhor que ocorreu na cultura pop hoje!
Em velocidade de dobra, temos:

Na cara do povo

Em entrevista ao The Guardian para divulgar um de seus novos trabalhos, o encadernado Fashion Beast, o consagrado escritor Alan Moore resolveu soltar bordoada pra tudo quanto é lado. Inicialmente, o britânico deu uma pequena agulhada no escocês Grant Morrison, que criou "uma tática de basear algumas de suas narrativas em meu estilo, e também tenta ficar mais famoso falando mal de mim sempre que tem oportunidade. Não tenho nada a ver com ele.".
O ataque fulminante veio, porém, com sua estonteante declaração de que não lê nada há mais de 16 anos, afirmando que o gênero, nas histórias em quadrinhos, não apresenta mais nada de positivo: "Eu não leio nada de super-heróis desde que terminei Watchmen. Odeio super-heróis. Acho que eles são abominações. Eles não significam mais o que costumavam significar. Eles ficavam originalmente nas mãos de escritores que ativamente expandiam a imaginação de seu público, formado por crianças de nove a 13 anos. Eles faziam isso muito bem. Hoje, os quadrinhos de super-heróis não tem nada a ver com essas crianças de nove a 13 anos. É uma audiência formada geralmente por homens, de 30, 40, 50, 60 anos. Alguém criou o conceito de graphic novel. Os leitores se agarraram a ele, interessados em uma maneira de validar seu contínuo amor pelo Lanterna Verde ou Homem-Aranha sem parecer de alguma forma emocionalmente subnormal. Eu não acho que o super-herói significa nada de bom. Acho bastante alarmante ver adultos assistindo ao filme dos Vingadores e se deliciando com conceitos e personagens criados para entreter crianças de 12 anos dos anos 1950."
Você concorda com a opinião de Moore? Comente abaixo e nos diga qual sua opinião!

Voltando à ativa?

Hoje em dia um verdadeiro popstar do mundo pop, Stan Lee, conhecido cocriador de inúmeros personagens icônicos da Marvel como Homem-Aranha, X-Men e Os Vingadores, vai juntar cabeças com o produtor Avi Arad - responsável pela produção da franquia antiga e atual do Amigão da Vizinhança - para criar um novo super-herói para a Sony Pictures, segundo o Hollywood Reporter. "No alto dos seus 90 anos ele ainda sabe fazer mágica. É afiado como uma faca japonesa. Sua mente ainda é jovem", declarou Arad sobre o trabalho do escritor. Ainda não foram divulgados detalhes sobre o personagem e o projeto, ainda em estágios iniciais e que será produzido pela Arad Productions (de Arad) e Gill Champion, parceiro de Lee na POW! Entertainment.

Um passeio inesperado pelo Bolsão

George R.R. Martin, o escritor da saga literária As Crônicas de Gelo e Fogo (adaptada para a TV como Game of Thrones), parece estar aproveitando a vida e o sucesso da série. O velhinho bem-humorado e com sede de sangue foi visto visitando o Bolsão - set de O Senhor dos Anéis transformado em ponto turístico na Nova Zelândia - pelo TMZ, em um inesperado e bizarro encontro entre O Senhor dos Anéis e Game of Thrones. Confira a foto tirada pelo site:

Crítica: Piteco - Ingá

Novos rumos e ideias para um personagem do passado

Por Pedro Strazza

Desde que foi anunciada em 2011, a Graphic MSP tem por objetivo fornecer personagens clássicos de Maurício de Sousa para roteiristas e desenhistas de quadrinhos de certo sucesso no mercado nacional criarem novas visões destes. Lançadas no ano passado e neste, as três primeiras obras - Astronauta: Magnetar, Turma da Mônica: Laços e Chico Bento: Pavor Espaciar - funcionaram notavelmente como uma maneira dos artistas convidados expressarem o carinho que eles tinham por esses protagonistas em sua infância.
Essa tendência ao nostálgico não é seguida, porém, por Piteco: Ingá, obra que encerra o primeiro ciclo de publicações do selo. Escrita e desenhada pelo paraibano Shiko, o volume é uma verdadeira reinterpretação do personagem principal e seu universo, ganhando traços mais adultos e realísticos. Mesmo assim, conservam-se aqui elementos da revista do homem das cavernas como a presença do folclore brasileiro e algumas de suas características.
A reformulação de Shiko começa já pelos próprios visuais dos personagens. As linhas "fofas" e arredondadas de Maurício desaparecem no desenho rústico e belo do autor, que remodela corpos, faces e cabelos para o ambiente desejado. E, por mais estranho que possam parecer a princípio, esses estilos tribais cabem perfeitamente a Piteco e seus companheiros. Principalmente para a Ogra, que deixou o estereótipo de mulher feia dos gibis infantis para ter o corpo próprio de uma guerreira.
O enredo é também bastante diferenciado das vistas nas revistinhas do protagonista. Escrito em um ritmo típico dos filmes de ação de Hollywood, Ingá realiza uma interessante jornada de herói em seu protagonista, que parte para resgatar Thuga da tribo dos homens-tigre em meio à migração do povo de Lem, enquanto desenvolve uma interessante história de amor entre Piteco e a xamã, virando ousadamente o clássico jogo de gato-e-rato dos dois.
O uso de seres fantásticos da mitologia brasileira funciona nesta estrutura com destaque. Adaptados da mesma maneira que os protagonistas e com nomes diferentes, criaturas mitológicas como a Caipora (também conhecido como Curupira) e o Boitatá criam em Ingá um ar ainda mais épico à história da mesma forma ao qual fortalecem o mistério mágico que é a misteriosa Pedra de Ingá., localidade real do agreste paraibano.
Preferindo refazer o universo estabelecido por Maurício de Sousa a realizar novamente uma viagem sentimental a seus personagens, Piteco: Ingá traz um sabor de novidade às publicações da Graphic MSP. Shiko presenteia seu leitor com uma dose equilibrada de aventura e romance, não caindo em nenhum momento no clichê exagerado e fácil ou na violência exacerbada, típica de obras desse gênero. Ao contrário, entrega-se aqui um belo conto de união, amor e amizade, características típicas da editora de Mônica e seu universo.
Nota: 10/10

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Warp Speed News: Uma Família gamer, robótica e de luto

Trabalhou o dia inteiro e não deu tempo de ver as notícias do dia? Não se preocupe, o Warp Speed News está aqui pra te informar do melhor que ocorreu na cultura pop hoje!
Em velocidade de dobra, temos:

Por essa ninguém esperava... mesmo!

No último domingo, o episódio de Uma Família da Pesada resolveu matar um importante personagem da série de maneira trágica. Se não quiser saber quem foi, pare por aqui.
SPOILER ZONE ON!!!!
Em "Life of Brian", o cachorro sofisticado e falante da família Griffin foi atropelado por um carro momentos depois do bebê Stewie ter quebrado de maneira permanente sua máquina do tempo, eliminando de vez o personagem. Dublado pelo criador do desenho Seth MacFarlane, Brian é substituído pela família um mês depois de seu falecimento por um novo cão, dublado por Tony Sirico (Família Soprano). O próximo episódio promete seguir a vida dos Griffin normalmente, sem nenhum plano para se ressuscitar Brian.
Em declarações, o produtor Steve Callaghan diz que a morte do cachorro surgiu de uma ideia dos roteiristas com o objetivo de mudar a rotina da família. Brian foi o escolhido para ser sacrificado pois "parecia menos traumático do que matar uma das crianças.". Ele ainda afirma não temer a reação negativa dos fãs ao acontecimento: "Nossos fãs são espertos e têm sido fiéis à série por tanto tempo que sabem que podem confiar em nós. Sempre fazemos escolhas que funcionam em benefício da série.". O personagem esteve em todos os episódios de Uma Família da Pesada desde o episódio piloto.
SPOILER ZONE OFF

Money money money!

Após a Sony anunciar o seu número de vendas do PS4 na semana de lançamento, a Microsoft também resolveu divulgar o sucesso de seu novo console. A empresa relatou à imprensa que o Xbox One teve um milhão de unidades vendidas mundialmente em suas primeiras 24 horas, ocorridas no dia 22 de novembro. Mas os números alcançados pela Microsoft não se equivaleram aos da Sony, que somou suas vendas na América do Norte apenas.
Ainda de acordo com a Microsoft, os gamers do novo console já mataram mais de 60 milhões de zumbis em Dead Rising 3, dirigiram mais que 5 milhões de km em Forza Motorsport 5, conseguiram completar cerca de 7,1 milhões de combos em Killer Instinct, receberam algo em torno de 43,3 milhões de pontos no Xbox Fitness e derrotaram mais de 8,5 milhões de soldados inimigos em Ryse: Son of Rome desde o lançamento do console. O Xbox One é vendido no Brasil por R$2299,00.

Pra fechar

A revista Empire revelou em sua capa essa semana o novo visual de Optimus Prime em Transformers 4 - A Era da Extinção, o novo longa dos carros que viram robôs. Empunhando uma espada gigantesca, o líder dos Autobots tem agora traços menos geométricos e mais arredondados. Confira abaixo:

Nova Marvel no Brasil: Novembro/2013

Por Pedro Strazza

Iniciada ano passado após o fim dos eventos de Vingadores vs. X-Men, a Nova Marvel está finalmente chegando ao Brasil. O projeto é, segundo a Marvel, um bom ponto de partida para o público entrar em seu universo, realizando ao mesmo tempo um recomeço para seus personagens como também uma continuidade de todas as tramas. Assim como nos EUA, a Panini decidiu lançar as revistas aos poucos, soltando novidades a cada mês. Resolvemos, então, analisar cada um dos títulos que estão saindo, decidindo se vale a pena para o novo leitor comprar os títulos oferecidos.
Com um início bastante tímido no mês passado, a Nova Marvel teve em novembro um maior número de publicações, sendo que todas são centradas em personagens e equipes relacionadas aos Vingadores. Vejamos então se os três relançamentos do mês (Avante Vingadores, Os Vingadores e Capitão América & Gavião Arqueiro) trazem qualidades suficientes para justificar a grana de seus leitores.

Os Vingadores

  • Os Vingadores: Com bela arte de Jerome Opeña, o principal título da maior super-equipe do Universo Marvel já se apresenta desde o início como a revista mais importante da Nova Marvel. Aparecem várias menções a futuros acontecimentos da cronologia, como o apontamento de uma futura crise, e a união dos líderes e atarefados Tony Stark e Steve Rogers em um  mesmo time é o indício de que a esta reunião de heróis é coisa séria. Mas o roteiro do experiente Jonathan Hickman simplesmente não decola. O vilão Ex Nihilo (criado nesta edição) é fraquíssimo, os personagens escolhidos pelo Homem de Ferro e pelo Capitão América são em sua maioria inexpressivos e o gancho final não motiva a comprar o próximo volume. Péssimo começo. Vale a pena acompanhar? Por enquanto não.
  • Os Novos Vingadores: Novamente Jonathan Hickman pisou na bola, mas aqui em menor grau. A primeira edição dos Novos Vingadores na Nova Marvel é extremamente entediante por servir meramente de introdução ao que vai acontecer por aqui, mostrando os motivos do Pantera Negra convocar a contragosto os Illuminati para Wakanda. Mas por enquanto nada da nova formação da equipe. Os desenhos de Steve Epting, nesse meio tempo, desempenham bem sua função. Vale a pena acompanhar?: Fica pra próxima.
Veredito: Com duas séries ainda começando seus arcos, a revista principal dos Vingadores deixou em sua primeira edição um gosto amargo tanto para iniciantes como antigos leitores. Para quem está começando a ler quadrinhos, este é melhor deixar passar. Já o público de longa data pode dar uma segunda chance no mês que vem, quando sai o número 2.

Avante, Vingadores!

  • Os Fabulosos Vingadores: Após os eventos de Vingadores vs. X-Men, Steve Rogers, mais conhecido como Capitão América, sente-se culpado pela falta de atenção que o super-grupo deu aos mutantes desde os tempos da Dinastia M, resolvendo então reunir uma equipe que cuide tanto de pessoas normais quanto dos Homo superior. Enquanto isso, Wolverine e sua escola precisa melhorar a imagem pública dos mutantes após a guerra entre os X-Men e os Vingadores. O roteiro de Rick Remender consegue captar esses dois lados para conceber o time mais interessante dos maiores heróis da Terra, além de resgatar nesse ambiente um clima de tensão entre os futuros integrantes da equipe protagonista. E a revelação do primeiro vilão a ser enfrentado só é um convite a mais para seguir a série, que conta ainda com desenhos de John Cassaday. Vale a pena acompanhar?: Sim.
  • Vingadores - Arena: Grupo de heróis desconhecidos reunidos por vilão poderoso desconhecido para matarem uns aos outros em um ambiente virtual até que só sobre um. Este é o roteiro oportunista de Dennis Hopper para mais um título dos Vingadores. As tentativas de conexão com o público jovem (e fã de Jogos Vorazes) é claro, atingindo das tramas românticas água com açúcar até os desenhos de Kev Walker, tornando a revista impalatável para leitores habituais. Os resultados do título podem ser enxergados pelo público leitor americano, que reclamou bastante das mortes da série. Vale a pena acompanhar?: Apenas se você é tão fã de super-heróis nulos quanto de Jogos Vorazes, ou seja, não.
  • Avante, Vingadores: Depois de ganhar uma edição inteira para seu arco inicial, a série de Kelly Sue DeConnick e Brian Michael Bendis continua aqui seu objetivo de agregar novos leitores à editora. E com sucesso, devo dizer. É bem bacana ver várias versões dos Vingadores encarando diferentes ameaças com o humor visto no longa do ano passado, e as ilustrações de Stefano Caselli cabem muito bem aqui, mesmo que parecendo básicas em alguns momentos. Recomendado para velhos e novos leitores. Vale a pena acompanhar?: Com certeza.
Veredito: Ao contrário da outra publicação da super-equipe, Avante, Vingadores! carrega qualidades para o público em geral, mesmo que carregando a péssima Vingadores - Arena em seu mix. Se quiser ler sobre os maiores heróis da Terra, este é o título a ser seguido.

Capitão América & Gavião Arqueiro

  • Capitão América: Dentre todos os personagens criados pela Marvel, o Capitão é de longe o mais complicado para se escrever histórias novas. Afinal, os leitores mais velhos já cansaram de tramas envolvendo o passado do Bandeiroso, enquanto os mais novos não tem motivos para criar afeição com o heróis. Tentando convencer ambos os públicos, o roteirista Rick Remender resolveu colocar o líder dos Vingadores em um mundo paralelo, fora de seu ambiente habitual, onde o cientista nazista Arnim Zola comanda monstros selvagens. Seria uma excelente ideia se não fosse a concorrida agenda do herói, atualmente espalhado por vários títulos, e que não teria muito tempo para ser sequestrado para uma dimensão paralela. Os desenhos de John Romita Jr. como sempre são excelentes. Vale a pena acompanhar?: Se você não tem problema com incongruências no universo Marvel, sim.
  • Vingadores Secretos: Atualmente se recompondo de vários problemas ocorridos no passado, a S.H.I.E.L.D. resolve reunir uma espécie de equipe para realizar serviços por debaixo dos panos. Assim, Maria Hill, Nick Fury Jr. e o Agente Coulson recrutam à força o Gavião Arqueiro e a Viúva Negra para o trabalho, deixando ambos em situações extremamente desconfortáveis (Principalmente para o primeiro). O roteirista Nick Spencer e o desenhista Luke Ross comandam sem muito brilho o título chato e burocrático. Vale a pena acompanhar? Não.
  • Gavião Arqueiro: Com roteiro cinematográfico e ilustrações rústicas (cortesia esta de David Aja), a primeira revista de Clint Barton prima por abordar o personagem como um herói comum. Pelo menos na primeira edição, a trama escrita por Matt Fraction em pouquíssimos momentos usa o protagonista como Gavião Arqueiro, permitindo assim um maior interesse do leitor em Barton. E a maneira como ele resolve seus problemas mundanos só aumenta ainda mais essa conexão. Vale a pena acompanhar?: Com certeza absoluta!
Veredito: Com dois dos heróis mais próximos da realidade (Na medida do possível, claro!) do Universo Marvel no comando, a revista acaba por ser bastante atrativa pela série do Gavião Arqueiro. A mensal do Capitão América, porém, não fica muito pra trás, carregando a fraca Vingadores Secretos nas costas. Pela qualidade desses dois títulos solo a compra é por enquanto uma boa ideia. Se não valer a pena pra você, pelo menos procure economizar uma grana para adquirir o compendium americano do Gavião.

Confira também:

domingo, 24 de novembro de 2013

Novidades da Semana: Games (18/11/13 a 23/11/13)

A seguir, os destaques dessa semana no mundo dos games:

Falha nossa: A nova geração de consoles enfim chegou às lojas nessas duas últimas semanas, mas não com toda a perfeição prometida. Tanto Xbox One quanto Playstation 4 apresentaram, como em todo início de era dos videogames, com problemas técnicos e algumas bizarrices.
O PS4 começou a ser vendido na semana passada e vários consumidores reclamaram de uma "luz azul da morte". Segundo relatos, os aparelhos defeituosos não passam da luz azul que passa pelo meio do console após ligá-lo e não conseguem sequer se conectar à televisão. A Sony já se comprometeu a trocar de imediato essas unidades, garantindo que apenas 1% dos Playstation 4 vendidos apresentaram problemas.
Enquanto isso, o console da Microsoft está apresentando defeitos na hora de inserir o jogo. Vários usuários reclamaram que a unidade de disco do Xbox One não está funcionando direito, além de alguns fazerem altos e esquisitos barulhos no momento que o game é colocado. A empresa ainda não mostrou uma posição oficial quanto aos problemas divulgados.

O Xbox One e o Playstation 4 estão sendo vendidos no Brasil respectivamente a R$2299 e R$3999. Entre os primeiros games lançados para a nova geração temos Assassin's Creed IV: Black Flag, Call of Duty: Ghosts, NBA 2K14, Knack (PS4), Killzone Shadow Fall (PS4), Ryse: Son of Rome (Xbox One) e Dead Rising 3 (Xbox One).

This is Brazil!!!: Em seu Instagram, o apresentador do Globo Esporte Tiago Leifert confirmou a produção de FIFA Copa do Mundo 2014, novo jogo da franquia esportiva da EA. Na foto divulgada, ele aparece ao lado de Caio Ribeiro, comentarista que trabalha com ele há dois anos na narração, e diz "Eu e Caio Ribeiro gravando mais um game: vem aí FIFA Copa do Mundo 2014!". O game deve trazer os estádios e equipes presentes no evento, a ser realizado no Brasil em julho do ano que vem.

Montando bloquinhos: Depois de ganhar as telas no formato de uma trilogia, O Hobbit pode ter uma versão LEGO nos videogames em 2014. O site All Games Beta divulgou essa semana uma imagem de LEGO The Hobbit, que mostra Bilbo, Thorin e Gandalf em suas versões fofas e "blocudas". A imagem também mostra que o game terá versões para várias plataformas. Confira:
Nem, a gente faz outra coisa: A Eletronic Arts e a Disney confirmaram que não farão jogos baseados nos novos filmes de Star Wars. Blake Jorgensen, chefe financeiro da EA, afirmou durante a UBS Global Technology Conference que  "A beleza da franquia está na possibilidade de não precisar fazer um game sobre um filme. A mitologia de Star Wars é tão extensa que nos permite fazer diferentes jogos, para diferentes plataformas e gêneros.". Ele ainda falou um pouco sobre a parceria de 10 anos entre as duas corporações para produzir novos jogos sobre o universo da franquia cinematográfica: "Será algo incrível, pois poderemos unir o poder de marketing de duas das maiores marcas do mundo [Disney e Star Wars].".
Star Wars VII começa a ser filmado na primavera do ano que vem (entre março e maio, logo) e estreia no dia 18 de dezembro de 2015.

Dando uma viajada: Depois de um excelente recomeço, a franquia Tomb Raider levará sua protagonista a uma viagem pelo globo. Isso é o que diz, pelo menos, Brian Horton, da Crystal Dinamics, ao afirmar que o clima da sequência dos eventos do jogo deste ano será bastante diferente. "A continuação é o próximo capítulo do desenvolvimento da Lara. Sua vida está mudando. Ela não pode voltar a ser como antes", diz Horton.
No dia 12 de novembro, a Square-Enix registrou a marca Lara Croft: Reflections na Europa, dando assim, já que o nome remete ao game derivado Lara Croft and the Guardian of Light (2010), uma possível indicação de que o novo jogo não estaria exatamente relacionado ao último. Mais detalhes devem ser revelados no dia 7 de dezembro, durante a premiação Spike VGX.


We are back!: Duas importantes franquias dos videogames podem finalmente ganhar novas sequências para a nova geração após algum tempo fora da agenda de lançamentos.
A primeira é Fallout. Segundo o site IGN, a marca Fallout 4 foi registrada no escritório de Harmonização dos Mercados Internos da União Europeia, sugerindo que a Bethesda esteja trabalhando em um novo capítulo da série cujo último jogo, Fallout: New Vegas, foi lançado em 2010. No início de novembro, rumores já apontavam que o um site intitulado The Survivor 2299 seria um teaser para o novo Fallout, e a mensagem transmitida em código morse pelo endereço revela a data 11 de dezembro de 2013, possível data do anúncio.
Quem também pode voltar a aparecer é a série Crash Bandicoot. O site EskimoPress, também um dos primeiros a divulgar boatos sobre o anúncio de Uncharted 4 (confirmados na semana passada), aponta que a Naughty Dog já está trabalhando em um reboot da franquia de sucesso para o Playstation 4. De acordo com o informante do veículo, a Sony teria readquirido os direitos dos games de Crash - antes pertencentes à Activision - e teria incumbido tanto a Naughty Dog quanto a Santa Monica Studios (Responsável pela série God of War) do projeto. O último game da franquia, Crash Bandicoot Nitro Kart 2, chegou às lojas em 2010.

sábado, 23 de novembro de 2013

Novidades da Semana: Cinema (18/11/13 a 23/11/13)

A seguir, os destaques dessa semana no mundo do cinema:

Agora que acabou os livros: J.R.R. Tolkien vai ganhar uma cinebiografia. Intitulada Tolkien, a história do autor de O Senhor dos Anéis e O Hobbit será produzida pela Chernin Entertainment e distribuída pela Fox Searchlight. O irlandês David Gleeson, estudioso da obra do escritor, já começou a trabalhar no roteiro, mas fora isso ainda não há mais informações sobre o elenco, a previsão de filmagens ou sequer a data de lançamento.
Essa não é a primeira produção a tentar levar a vida de Tolkien para os cinemas. Em 2011, o escritor Steve Hillard também tentou transformar a biografia Mirkwood em um longa-metragem, mas sem sucesso devido à necessidade de fechar um acordo com a família do autor, contra a publicação do livro.

A garota cresceu: Winona Ryder pode integrar o elenco de Os Fantasmas se Divertem 2. Ao The Daily Beast, a atriz sugeriu sua contratação, explicando que "Eu meio que jurei segredo. Mas parece que acontecerá mesmo". Ela também comentou sobre a trama, afirmando que o longa mostrará a vida dos personagens desde o lançamento do original, em 1988: "Não é um remake. Se passa 27 anos depois. Tenho que dizer, eu amo tanto Lydia [sua personagem no filme original]. Ela foi muito importante para mim. Eu me interessaria muito em saber o que ela está fazendo 27 anos depois".
Com roteiro de Seth Grahame-Smith e os retornos de Tim Burton e Michael Keaton, a sequência será a primeira de Burton desde 1992, com Batman - O Retorno.

Poder do martelo: Thor - O Mundo Sombrio já superou a marca de US$500 milhões nas bilheterias mundiais. Segundo o Box Office Mojo, o longa tem exatos US$504,2 milhões arrecadados, sendo US$152 milhões nos EUA, e já supera a bilheteria do primeiro, que conseguiu US$449,32 milhões depois de 16 semanas de exibição. No Brasil, a sequência conseguiu mais de US$20 milhões.

Sessão da Tarde derivada: Com três continuações já definidas, a franquia O Espetacular Homem-Aranha pode também ganhar alguns filmes derivados. Segundo Amy Pascal, executiva da Sony Pictures, "Vamos acessar todos os personagens do universo do Homem-Aranha na Marvel, então fique atento a novos heróis e vilões".
Essa informação condiz com as declarações do diretor Marc Webb, que em julho já havia declarado que O Espetacular Homem-Aranha 4 teria personagens auxiliares do universo do herói. Nos quadrinhos, Peter Parker de vez em quando faz parcerias com outros personagens, como a fora-da-lei Gata Negra. Com um contrato bastante limitado com a Marvel, a Sony teria direito a usar personagens que não são mutantes ou vingadores, ou seja, tipos como Homem-Sapo, Gatuno, Loteria e alguns personagens da polêmica Saga do Clone (Aranha Escarlate e Kaine, por exemplo). Venom também está incluído no pacote, e já há planos para o personagem nos cinemas.
Falando no Amigão da Vizinhança, a continuação de O Espetacular Homem-Aranha ganhou o título O Espetacular Homem-Aranha 2 - A Ameaça de Electro no Brasil. A estréia da próxima aventura do escalador de paredes ocorre no dia 2 de maio de 2014, e as continuações em 2016 e 2018.

Marque no calendário:
  • Alice no País das Maravilhas 2, a continuação do longa de Tim Burton, chega às telas no dia 27 de maio de 2016. O longa conta com os retornos de Mia Wasikowska e Johnny Depp para os papéis de Alice e Chapeleiro Louco, respectivamente.
  • The Jungle Book, a adaptação live-action do livro de Rudyard Kipling de Jon Favreau para a Disney será lançado em 9 de outubro de 2015.
  • Mad Max: Fury Road, o quarto filme da série do diretor George Miller, chegará às telas no dia 15 de maio de 2015. O longa atualmente passa por refilmagens.

Boataria pura: Os boatos sobre o episódio VII de Star Wars não param de aparecer na mídia especializada, e separamos aqui os mais interessantes. Para começar, o ator Jason Flemyng, o Azazel de X-Men: Primeira Classe, publicou em seu Instagram (e logo depois retirou-a) uma página bastante parecida com as páginas do roteiro mostradas pela Bad Robot em julho, indicando seu envolvimento com a produção. Quem também pode ter feito um teste para o ainda não anunciado elenco é Matt Smith, o décimo primeiro Doctor de Doctor Who. O Bleeding Cool inclusive já aposta que o ator será o primeiro a empunhar um sabre de luz e uma chave de fenda sônica, mesmo que não ficando claro se o ator teria conversado com J.J. Abrams e George Lucas ou enviado um vídeo-teste.
Saindo um pouco do longa, mas ainda dentro do universo de Lucas, a animação Uma Aventura LEGO pode contar, além de alguns heróis da DC, com personagens de Star Wars, de acordo com a Variety. Não se sabe, porém, quais heróis e vilões como também qual das versões usadas pela LEGO na confecção das pecinhas farão aparições na produção. O projeto da empresa de blocos de montar chega às telas no dia 7 de fevereiro. Star Wars VII, por outro lado, começa a ser filmado na primavera do ano que vem (entre março e maio, logo) e estreia no dia 18 de dezembro de 2015.

Cavaleiros na noite: O esperadíssimo filme que reunirá Batman e Superman pode estar finalmente ganhando um nome. Segundo o Superhero Movie News, a Warner Bros. registrou uma série de domínios que podem estar relacionados ao título da produção, sendo algo muito mais elaborado (e plausível) que Batman vs Superman. É interessante observar que a maioria dos nomes demarcados sugere um trocadilho com as palavras knight (cavaleiro) e night (noite). Confira abaixo:

  • Man of Steel Battle the Knight (O Homem de Aço contra o Cavaleiro)
  • Man of Steel Beyond Darkness (O Homem de Aço: Além da Escuridão/das Trevas)
  • Man of Steel Black of Knight (O Homem de Aço: O Cavaleiro Negro/O Negro do Cavaleiro)
  • Man of Steel Darkness Falls (O Homem de Aço: No Cair da Escuridão/das Trevas)
  • Man of Steel Knight Falls (O Homem de Aço: A Queda do Cavaleiro)
  • Man of Steel Shadow of the Night (O Homem de Aço: A Sombra da Noite)
  • Man of Steel The Blackest Hour (O Homem de Aço: A Hora Mais Negra/Escura)
  • Man of Steel The Darkness Within (O Homem de Aço: As Trevas Internas/A Escuridão Interna)
Mais informações devem sair em breve. Ainda sem título oficial, a produção que reúne Batman e Superman chega aos cinemas no dia 17 de junho de 2015 e tem por enquanto confirmados Henry Cavill, Ben Affleck, Amy Adams, Laurence Fishburne e Diane Lane no elenco. David Goyer e Zack Snyder assinam o roteiro.

Mais roots: Quando em abril Ben Trebilcook foi apontado pela Total Film como o roteirista de Duro de Matar 6, a Fox prontamente negou a informação, declarando que o longa, intitulado Die Hardest (Mais Duro de Matar, em português) ainda não possuía um escritor oficial. Mas Trebilcook parece não ter recebido o memorando do estúdio, e continua a falar mais sobre a produção em suas entrevistas. Ao What Culture, por exemplo, ele afirmou que o Japão será usado como locação do filme, além de fazer uma interessante conexão com o primeiro capítulo da saga do protagonista: "Posso dizer que McClane é convidado a ir a Tóquio pela Nakatomi Corporation para receber uma condecoração por sua bravura e esforços para salvar 36 vidas, celebrando o aniversário de 30 anos da crise de reféns no Nakatomi Plaza [no primeiro Duro de Matar]". O roteirista ainda confirmou que os filhos de McClane não voltarão para o longa que completa a hexalogia, retomando as raízes de Duro de Matar. Afinal,  "Ele começou sozinho e deve terminar sozinho".
Duro de Matar 6 ainda não tem uma data para sair do papel, mas mais detalhes sobre o longa devem ser divulgados em breve.