terça-feira, 5 de novembro de 2013

Dica da Semana: Os Supremos

Agregando novos leitores ao mercado

Por Pedro Strazza

Era o ano de 2002. Com seu público leitor envelhecendo a cada ano, a Marvel Comics precisava arranjar algum jeito de reapresentar seus personagens clássicos à nova geração antes que fosse tarde demais. Para isso, a editora convocou Mark Millar, jovem escritor britânico recém-chegado da DC Comics, e outros roteiristas renomados a repaginar o universo Marvel para o século XXI, sem que nenhuma restrição editorial fosse feita.
A partir daí surgiu o interessantíssimo universo Ultimate, que coordenado pelas mentes criativas de gênios como Brian Michael Bendis, Warren Ellis, Joe Quesada e o próprio Millar comprimiram um número incalculável de eventos ocorridos em um espaço de tempo de quase setenta anos e recontaram a origem dos maiores heróis da Marvel em versões atualizadas e com características diferentes das oficiais. Dentre estas, temos a interessante reformulação dos maiores heróis da Terra, que ganhou até uma alcunha diferente para esse universo.
É interessante notar como Os Supremos acabam por ser, dentre os vários títulos lançados sobre o Universo Ultimate, a série mais diferenciada da original, mesmo que contando com a mesma equipe. Se nos anos 60, por exemplo, os Vingadores acabaram surgindo por causa de uma ameaça comum, a reunião de figuras como Thor, Homem de Ferro e Capitão América na nova versão ocorre por motivos quase que puramente comerciais. Afinal, quem não vai se empolgar com um projeto desses?
A visão ácida de Millar e os desenhos cinematográficos de Bryan Hitch fizeram da minissérie de 13 capítulos um clássico na Marvel. Ver queridos heróis muito mais reais e com fortes dramas pessoais - Destaque especial para a crise pessoal de Bruce Banner - dão força e ritmo a uma história cuja ação é mínima (e ainda sim bastante intensa), mas o foco no desenvolvimento de seus personagens é intenso, característica essa um forte nos roteiros do autor.

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