domingo, 25 de janeiro de 2015

Crítica: Busca Implacável 3

Mais uma missão para Bryan Mills.

Por Alexandre Dias

Quem diria que o despretensioso Busca Implacável de 2008 viria a se tornar uma franquia bem sucedida de ação? De fato, apesar da introdução de um ou outro elemento que o tornam superior a muitas outras produções brucutus, a maior parte do sucesso do longa se deve a Liam Neeson e ao seu personagem Bryan Mills. No segundo filme isso ocorre de uma maneira um pouco desgastada, por isso este terceiro capítulo é superior ao anterior: é a velha pancadaria protagonizada por um ator carismático.
A trama, além de simples, é um clichê por si só: Bryan encontra sua ex-esposa, Lenore (Famke Janssen), morta, e a cena foi montada para que ele fosse o incriminado. Assim ele precisa limpar o seu nome e ir atrás de quem a assassinou.
Como já se pode perceber, o roteiro é fraco e recheado de situações previsíveis. Entretanto, ele não compromete; assim com uma ou duas reviravoltas comuns, algumas questões familiares a serem resolvidas ( inclusive a trama) e frases de efeito, temos Neeson em ação no estilo “sou o melhor no que faço”.
Os personagens que o cercam são absolutamente indiferentes: Forest Whitaker interpreta o agente “inteligente”, que persegue Mills mesmo suspeitando da situação; Maggie Grace atua no automático novamente como a filha que sabe que o pai não foi o responsável pelo assassinato; Dougray Scott é Stuart, o estranho padrasto de Kim (Grace). Há ainda os criminosos comandados por Oleg Malankov (Sam Spruell) e os amigos de Bryan; em ambos os grupos não há surpresas quanto às características de cada sujeito.
Logo, o personagem de ator que já encarnou Ra’s al Ghul e Hannibal Smith é o único com quem realmente o espectador se importa. Vê-lo em ação, no combate corpo a corpo, nas perseguições de carro, nos tiroteios ou utilizando suas habilidades para descobrir o que está acontecendo continua divertido. E por mais simples e estereotipado que ele possa ser, é um coroa brucutu estabelecido: assim como sentíamos o peso do Coronel Trautman dizendo que John Rambo é o melhor soldado, sentimos o peso de Dotzler (Whitaker) saber que há algo errado quando Mills consegue ser “dominado”.
Com um ritmo não tão frenético quanto o do primeiro filme, contudo mais organizado que o segundo, Busca Implacável 3 é o entretenimento de pancadaria sem delongas. Por sorte, Liam Neeson como Bryan Mills ainda consegue se destacar um pouco mais neste meio. Então, leve apenas a sua boa vontade ao cinema, não haverá grandes raciocínios à serem desenvolvidos durante a sessão, apenas 109 minutos de diversão - e de explosões.

Nota: 6/10

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