Mais uma missão para Bryan Mills.
Por Alexandre Dias
Quem diria que o despretensioso Busca Implacável de
2008 viria a se tornar uma franquia bem sucedida de ação? De fato, apesar da
introdução de um ou outro elemento que o tornam superior a muitas outras
produções brucutus, a maior parte do sucesso do longa se deve a Liam Neeson e
ao seu personagem Bryan Mills. No segundo filme isso ocorre de uma maneira um
pouco desgastada, por isso este terceiro capítulo é superior ao anterior: é a
velha pancadaria protagonizada por um ator carismático.
A trama, além de simples, é um clichê por si só: Bryan
encontra sua ex-esposa, Lenore (Famke Janssen), morta, e a cena foi montada
para que ele fosse o incriminado. Assim ele precisa limpar o seu nome e ir
atrás de quem a assassinou.
Como já se pode perceber, o roteiro é fraco e recheado de
situações previsíveis. Entretanto, ele não compromete; assim com uma ou duas
reviravoltas comuns, algumas questões familiares a serem resolvidas ( inclusive
a trama) e frases de efeito, temos Neeson em ação no estilo “sou o melhor no
que faço”.
Os personagens que o cercam são absolutamente
indiferentes: Forest Whitaker interpreta o agente “inteligente”, que persegue
Mills mesmo suspeitando da situação; Maggie Grace atua no automático novamente
como a filha que sabe que o pai não foi o responsável pelo assassinato; Dougray
Scott é Stuart, o estranho padrasto de Kim (Grace). Há ainda os
criminosos comandados por Oleg Malankov (Sam Spruell) e os amigos de Bryan; em
ambos os grupos não há surpresas quanto às características de cada sujeito.
Logo, o personagem de ator que já encarnou Ra’s al Ghul e
Hannibal Smith é o único com quem realmente o espectador se importa. Vê-lo em
ação, no combate corpo a corpo, nas perseguições de carro, nos tiroteios ou
utilizando suas habilidades para descobrir o que está acontecendo continua
divertido. E por mais simples e estereotipado que ele possa ser, é um coroa
brucutu estabelecido: assim como sentíamos o peso do Coronel Trautman dizendo
que John Rambo é o melhor soldado, sentimos o peso de Dotzler (Whitaker) saber
que há algo errado quando Mills consegue ser “dominado”.
Com um ritmo não tão frenético quanto o do primeiro filme,
contudo mais organizado que o segundo, Busca
Implacável 3 é o entretenimento de pancadaria sem delongas. Por sorte, Liam
Neeson como Bryan Mills ainda consegue se destacar um pouco mais neste meio.
Então, leve apenas a sua boa vontade ao cinema, não haverá grandes raciocínios
à serem desenvolvidos durante a sessão, apenas 109 minutos de diversão - e de
explosões.
Nota: 6/10
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- Os Mercenários 3: Um filme que também entretém pela pancadaria.
- Hércules: Quando uma aventura despretensiosa é salva pelo carisma de seu protagonista.
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