quarta-feira, 29 de maio de 2013

Top 5: Torturas mais criativas do cinema


Sempre empregada em momentos de maior tensão, a tortura é uma das formas mais evidentes do diretor mostrar o "gostinho de vitória" do vilão ao conseguir vencer o heroi. O Nerd Contra Ataca resolveu então criar um top 5 com as mais criativas do cinema, que deixam o espectador tenso em sua cadeira e, principalmente, surpreende-o. Confira:
Observação Importante: O Nerd Contra Ataca NÃO apoia qualquer tipo de tortura, quaisquer que sejam os motivos. O objetivo do texto a seguir é de destacar a criatividade dos roteiristas ou escritores envolvidos na produção dos filmes listados.

: Harry Potter e a Ordem da Fênix

Os anos 2000 ficaram marcados por muita coisa, mas um de seus maiores destaques foi a franquia Harry Potter. Escrita por J.K. Rowling e adaptada pela Warner Bros., a história do "garoto que sobreviveu" criou um verdadeiro exército de fãs, que deram e ainda dão pilhas de dinheiro à produtora ao ir ao cinema e comprar os produtos oficiais. Apesar de estar voltada para o público infanto-juvenil, Rowling nos trouxe em vários momentos cenas que facilmente entrariam num livro voltado para adultos.
Um desses momentos seu deu no quinto filme/livro com Dolores Umbridge. Funcionária do Ministério da Magia e professora de Defesa Contra as Artes das Trevas, ela castiga Harry, fazendo-o escrever repetidas vezes a frase "Não devo contar mentiras" com uma pena que escrevia apenas com o sangue do usuário, causando dores extremas, porque ele havia contrariado ela (e logo o Ministério da Magia). Como até então só se conhecia o feitiço Crucio para tortura, o choque causado pela cena no livro (e consequentemente na adaptação) em um lugar seguro como Hogwarts despertou a ira nos leitores, tornando a personagem uma das mais odiadas na história.

4°: Star Trek II - A Ira de Khan

De todo o universo criado por Gene Roddenberry em Star Trek, o maior vilão é com certeza Khan. Geneticamente modificado, o superser interpretado por Ricardo Montalban em 1989 para o segundo - e mais célebre - filme da série é perigosíssimo em todas as formas, demonstrando isso já em seus primeiros minutos na película.
Abandonado por Kirk no planeta deserto Ceti Alpha V, Khan captura os oficiais da Frota Estelar Chekov e Terrell, que estavam ali inspecionando a existência de vida para a realização de testes, e resolve os usar. Para isso, ele pega duas crias do último espécime natural daquele lugar e os insere nos ouvidos de ambos. Parasitas, os seres se alojam no tímpano, causando extremas dores e total subordinação a qualquer ordem dada pelo mutante, causando uma morte lenta e enlouquecedora caso isso não se realize. Khan cria aí a imagem de vilão perigoso no espectador, que entende o quão perigoso e poderoso ele pode vir a ser.

3°: V de Vingança (Contém Spoilers)

Em meio ao totalitarismo criado na Inglaterra distópica de Alan Moore, existia um homem disposto a derrubar esse sistema. Criado para criticar a extrema direita e glorificar o liberalismo, V de Vingança é uma das maiores obras do escritor britânico, principalmente por popularizar a máscara de Guy Fawkes, usada por V, o personagem principal.
Mas Evey, uma adolescente nascida durante o regime, também tem bastante destaque na trama. Representação do leitor, a heroína de Moore acaba sendo presa pelo sistema, sendo confinada em uma minúscula cela. Entre os inquéritos e as torturas, ela tem seus cabelos cortados e refeições esparsas. Após meses dessa rotina, onde sua única companhia são os ratos e um pequeno texto escrito em papel higiênico por uma lésbica condenada pelo governo (cuja história a mantém com forças), Evey é solta, mas descobre, para seu horror, estar nos aposentos de V, que lhe confessa ter feito aquilo para libertá-la do medo que a prendia.
Um dos pontos mais fortes dessa tortura em Evey não é o ato em si, mas a descoberta do motivo. O sofrimento passado por ela acaba por ser não um malefício, mas sim uma salvação, tornando toda aquela situação precária em algo pior ainda. Mesmo que seja por boas intenções.

2°: Cassino Royale

Em 2006 a desconfiança dominava em cima da franquia 007. O agente secreto ganhava uma nova face, preenchida pelo ator Daniel Craig, e os produtores diziam ser um reboot na história do personagem. Cassino Royale veio e mostrou ser à altura dos dezenove primeiros (até melhor em alguns casos), mas uma das maiores contribuições ao universo Bond foi Le Chiffre. O grande vilão da história, marcado pela grande cicatriz em seu rosto, após capturar o britânico prende-o em uma cadeira sem assento e, com uma corda, começa a atingir nas partes baixas do heroi com violência, vingando-se assim de sua derrota no jogo de pôquer realizado anteriormente. Além de torturar, Le Chiffre mostra toda sua perversidade e loucura em uma das cenas mais diferentes da trajetória de James Bond nos cinemas.

1°: Millenium - Os Homens que Não Amavam as Mulheres

Apesar de existirem leis contra, a violência contra a mulher ainda persiste em existir. Criada junto com as primeiras civilizações, machistas por natureza, esse abuso é condenado pela sociedade, que até criou leis para acabar com isso (no Brasil, a lei Maria da Penha). O grande problema é o medo das vítimas, que para evitarem maiores espancamentos decidem não denunciar o crime, continuando a sofrer.
Porém existem exceções, e uma delas é Lisbeth Salander, que decide se vingar de seu abusador, Nils Bjurman, em uma vingança inesquecível para quem leu ou viu Os Homens que Não Amavam as Mulheres. Não entraremos em detalhes por ser extremamente pesada (digamos que envolve uma barra de ferro e uma tatuagem), mas pode-se dizer que Salander bola a mais bem planejada tortura de todos os tempos, onde o heroi consegue superar o inimigo, merecendo aqui o primeiro lugar de nossa lista.

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