Filmes de máfia, de superação e de loucura se destacam no mês que prenuncia a temporada de blockbusters.
Por Pedro Strazza.
O mês acabou, e está na hora de ver aqueles lançamentos legais que ninguém viu (mas deveria ver) porque "Não deu tempo..." ou "Não quis arriscar minha grana suada com isso!". No Não Perda! de abril de 2015 - ou "O mês que teve Vingadores - A Era de Ultron e Velozes e Furiosos 7" - temos:
O que acontece quando um indivíduo tem que lidar sozinho com todo um sistema em decadência para deixar viva sua família e sua empresa? Terceiro longa-metragem dirigido por J.C. Chandor, O Ano Mais Violento é um filme de máfia que não se comporta como tal, empregando um olhar diferente sobre o subgênero e o crime dos dias de hoje. Sua ausência no Oscar 2015 foi sentida.
- Cake - Uma Razão Para Viver
Outro que não deu as caras na cerimônia de premiação dos Academy Awards foi Jennifer Aniston, que entregou com Cake uma atuação diferente das de seus trabalhos habituais. Ainda que exiba nos fundos os mesmos trejeitos de patricinha mimada, a atriz deu um passo importante na tentativa de se distanciar da Rachel de Friends neste filme que se faz interessante pela sua abordagem na depressão. E mesmo que em alguns momentos caia nos trilhos da auto-ajuda superficial, Cake - Uma Razão Para Viver já se faz notado por encarar de frente um distúrbio tão pesado.
Enquanto Cake conversa sobre depressão, Entre Abelhas fala sobre solidão. A doença vivida pelo protagonista do filme dirigido por Ian Sbf, que consiste basicamente nele não conseguir mais enxergar as pessoas, funciona bem como retrato da individualização crescente da sociedade, cada vez mais uma multidão solitária. Sua maior força, porém, reside no humor, graças à influência do Porta dos Fundos que o diretor e seu elenco carrega para a produção.
Das situações inusitadas que estrearam nesse mês, entretanto, a mais esquisita com certeza é a do filme que coloca Michael Fassbender numa cabeça gigante de papelão. Encantador com uma trama simples, Frank faz o típico caminho trilhado por bandas na época contemporânea, onde os artistas se veem em conflito constante entre a fama comercial e o sucesso profissional. Poucas ousadias, mas bastante efetivo.
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