sábado, 4 de abril de 2015

Crítica: Velozes e Furiosos 7

Sétimo filme da franquia diverte pela ação frenética e insana.

Por Alexandre Dias.

Não é fácil estabelecer uma longa franquia cinematográfica. Quando isso ocorre, pode-se afirmar que, independente da qualidade do produto, a ideia a ser transmitida foi comprada pelo público espectador. No caso de Velozes e Furiosos, porém, a mudança de ares iniciada timidamente no quarto e por completo no quinto filme da série, permitiu um aumento significativo do sucesso da marca.
O que estamos falando é da passagem de corridas e mulheres para ação desenfreada e insana. Sem leis da gravidade e sem sentido. Algo que chega aos limites do bizarro e da loucura (em teoria, os longas são ambientados na Terra, aonde não há superpoderes nos seres humanos e carros voadores), mas que por esse motivo acaba divertindo.
A história deste sétimo capítulo, sem surpresas, é muito simples. Formado por um roteiro cheio de diálogos caricatos (frases de efeito são ditas do começo ao fim) e clichês (a subtrama sobre a amnésia de Letty, por exemplo), Velozes e Furiosos 7 se assume, então, como um blockbuster repleto de testosterona; não à toa, figuras como Jason Statham, um dos principais brucutus em atividade, e Kurt Russel, que também é um veterano da área, foram contratados. Além deles, algumas participações, como a do artista marcial Tony Jaa e da lutadora do UFC Ronda Rousey, também contribuem para a pancadaria.
A ação em questão envolve não só os combates corpo a corpo, mas muitos tiroteios e, obviamente, os carros. Créditos sejam dados ao diretor James Wan, que conseguiu colocá-la nas cenas muito bem; exemplos como o acompanhamento da câmera a cada golpe no encontro de Deckard Shaw (Statham) com Luke Hobbs (Dwayne Johnson), a câmera lenta em um carro atravessando prédios e toda a construção de quando os veículos “saltam” de paraquedas são prova disso.
A química da equipe de Dominic Toretto (Vin Diesel) também contribui para o andamento da trama. Com as características estabelecidas de cada personagem, há uma boa dinâmica entre os atores, como o humor presente nas interações de Tyrese Gibson e o rapper Ludacris e a própria amizade da dupla protagonista, Diesel e Paul Walker - diga-se de passagem, há uma bela homenagem ao ex-intérprete de Brian O’Conner, falecido em 2013 devido a um acidente de carro.
Se cada produção de cinema tem um objetivo, como o medo a ser causado no terror e as risadas na comédia, o de Velozes e Furiosos 7 é puro divertimento. Esta finalidade é alcançada, portanto, por meio do absurdo, aonde tanto os fãs fervorosos da franquia, como aqueles que apenas apreciam um bom entretenimento ficam satisfeitos.

Nota: 7/10

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