Por Pedro Strazza.
O mês acabou, e está na hora de ver aqueles lançamentos legais que ninguém viu (mas deveria ver) porque "Não deu tempo..." ou "Não quis arriscar minha grana suada com isso!". No Não Perda! de fevereiro de 2015 temos:
Embora tenha sido Sniper Americano que arrecadou milhões nas bilheterias e que ganhou várias nomeações na temporada de prêmios, o filme de guerra que deveria ter mesmo recebido todas essas honrarias foi Corações de Ferro. O longa dirigido por David Ayer (responsável futuramente pela adaptação do Esquadrão Suicida para as telonas) possui não só pontos técnicos excelentes - o design e a mixagem de som foram esnobados sem justiça no Oscar - como também traz uma narrativa excelente, capaz de tornar a história de um tanque e seus soldados em um faroeste de guerra quase claustrofóbico.
São muitas as ressalvas que podem ser feitas a essa ópera espacial dos irmãos Wachowski, mas não se pode negar sua criatividade visual encantadora. Assim como em A Viagem, Speed Racer e na trilogia Matrix (o primeiro sendo o ápice precoce dos cineastas), a dupla de diretores concebe em O Destino de Júpiter um universo e mitologia fascinantes, cuja complexidade tornou-se um dos principais motivos para o filme fracassar (com certo merecimento) como produto e obra. O que é uma pena, vide a originalidade única de Andy e Lana.
- Nick Cave - 20.000 Dias na Terra
Normalmente, um documentário sobre uma personalidade tende a afastar sua produção do protagonista para poder desconstruir sua figura e fazer seu retrato. É quase uma lei não escrita esta metodologia, e Nick Cave a quebra junto dos diretores Iain Forsyth e Jane Pollard para refletir sobre sua própria existência e a maneira como a música o atinge no documentário centrado em sua pessoa. Nick Cave - 20.000 Dias na Terra é acima de tudo um filme denso formado em sensações, poderoso por trazer a reflexão egocêntrica do músico para o espectador.
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