Terceiro capítulo de nostalgia!
Por Alexandre Dias
Stallone e
sua trupe estão de volta às telonas. Com novos integrantes, o terceiro
filme dos Mercenários entrega o esperado: pancadaria, frases de efeito e as
piadas de sempre. E apesar de uma ou outra falha inédita, é satisfatório e
consegue divertir o espectador.
A história,
como não seria diferente, é simples: Conrad Stonebanks (Mel Gibson) é um ex-
Mercenário que Barney Ross (Sylvester Stallone) acreditava ter eliminado, e ele, para acabar com o inimigo de vez, precisa reunir uma nova equipe.
Os jovens
matadores de aluguel saem perdendo. O grupo formado por Kellan Lutz, Glen
Powell, o boxeador Victor Ortiz e a campeã do UFC Ronda Rousey não tem o menor
carisma; mesmo com alguns bons momentos em ação (era o mínimo!), e são portanto dispensáveis.
Enquanto
isso, tanto os antigos quanto os novos coroas estão ótimos. Dentre estes últimos
estão: Wesley Snipes- recentemente solto da prisão- interpreta uma mistura de
Lee Christmas (Jason Statham), pelo ego, e Gunnar Jensen (Dolph Lundgren), pela
insanidade; Antonio Banderas é o espanhol tagarela, Galgo, rendendo boas
risadas; Harrison Ford substitui Bruce Willis - que abandonou o projeto por
considerar o salário insuficiente - como um outro chefão da CIA; Kelsey Grammer
é um amigo do personagem de Stallone que ajuda a recrutar time moderno de
brucutus; e, por fim, Mel Gibson, que faz o melhor vilão da franquia até aqui.
Um fato
inusitado que prejudica o longa é a diminuição da censura, algo que não se
encaixa neste tipo de filme. Realmente é uma incógnita que público o velho
intérprete de John Rambo e Rocky Balboa, o produtor Avi Lerner e o diretor
Patrick Hughes queiram conquistar mais aqui. No entanto, a intensa movimentação nas
cenas de ação de certa forma ameniza esta questão.
O que se
pode afirmar é que, assim como seus antecessores, Os Mercenários 3 tem o fator
nostalgia. Está longe de relembrar o auge do cinema de ação dos anos 80, mas de
maneira leve e despretensiosa consegue nos dar alguns vislumbres da época. Para
quem cresceu vendo Arnold Schwarzenegger, Sylvester Stallone e muitos outros a
empolgação acaba,portanto, por vir à tona mais uma vez.
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