Han Solo - Uma História Star Wars

Leia a nossa crítica do mais novo derivado da saga!

Deadpool 2

Continuação tenta manter a subversão do original enquanto se rende às convenções hollywoodianas

Desejo de Matar

Eli Roth aterroriza ação do remake e não deixa os temas caírem na ingenuidade

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Spielberg faz seu comentário sobre o próprio legado em Hollywood sem esquecer do espetáculo no processo

sábado, 7 de setembro de 2013

Novidades da Semana (01/09/13 a 07/09/13): Cinema

A seguir, os destaques dessa semana no mundo do cinema:

Mais estrógeno, menos testosterona: Durante uma entrevista ao Coming Soon, Louis D'Esposito, produtor e diretor dos curta-metragens da Marvel Studios (Como Agent Carter, no qual estava promovendo na entrevista), fez suas considerações acerca da possibilidade de um longa solo de uma super-heroína do universo da editora. "Nós temos mulheres fortes em nossos filmes, de Viúva Negra e Pepper Potts a Peggy Carter. Nunca se sabe... Podemos ter aventuras só delas. Ou que tal um filme com Ms. Marvel?" palpitou primeiramente, mencionando uma heroína - Miss Marvel - que já havia tido rumores de aparição nos cinemas há algum tempo. Logo em seguida, porém, D'Esposito soou mais realista, dizendo que "É difícil. Temos um grupo pequeno, conseguimos fazer dois filmes por ano. Tirá-los do papel do jeito certo exige tempo e esforço de homens - e mulheres. Temos nossos próximos três, quatro, cinco filmes vindo por aí e é neles que estamos nos concentrando no momento.". Será que isso ocorrerá? De qualquer forma, os próximos lançamentos confirmados da Marvel nos cinemas serão Thor 2 (1° de novembro), Capitão América 2 (1° de maio de 2014), Guardiões da Galáxia (1° de agosto de 2014), Vingadores 2 (1° de maio de 2015) e Homem-Formiga (novembro de 2015).

O novo cavaleiro das trevas: Uma possível arte conceitual da nova versão do Batman nos cinemas foi divulgada pelo Bleeding Cool esses dias. Criada por Steve Scott (que também trabalhou na adaptação do personagem para os longas de Christopher Nolan), o esboço traz as feições de Ben Affleck e possui várias anotações sobre a armadura, incluindo aí alertas contra mamilos no uniforme. O desenho foi publicado por engano na página pessoal de Scott no Facebook e logo foi retirada do ar, não tendo nenhuma confirmação sobre a veracidade do possível documento de Batman e Superman. Confira o visual abaixo e dê sua opinião nos comentários.
Em outra notícia relacionada ao Morcego nos cinemas, George Clooney teve uma estranha curiosidade divulgada pelo Deadline. O ator manteria na parede de seu escritório um quadro de sua versão como cavaleiro das trevas em Batman & Robin, considerado por ele o seu pior filme à vista. Essa medida "punitória" serviria a Clooney como lembrete do que acontece quando se aceita um papel por razões meramente comerciais.
Dirigido por Joel Schumacher, o longa-metragem de 1997 foi uma paródia milionária e exagerada do seriado cômico dos anos 60, contendo momentos humilhantes ao personagem como o Bat-cartão de crédito e os famosos mamilos no peito, que agora viraram, como no exemplo acima, motivos de preocupação para elaboradores de novas versões do Batman na telona. Falamos mais sobre o filme no nosso Top 10 de piores películas de super-herói recentemente - confira aqui.

Por favor, retorne!: O diretor Roland Emmerich está negociando com Will Smith para Independence Day 2. Em entrevista ao Digital Spy, o cineasta, que já descartou a volta do ator e depois cogitou uma possível participação de Smith, diz agora que "No início ele [Smith] não queria voltar, mas agora temos uma reunião marcada, vamos voltar a conversar sobre o filme e tudo pode acontecer". Com ou sem o ator, Independence Day 2 estreia oficialmente no dia 3 de julho de 2015.

Despedida: Durante o  festival de Veneza, Hayao Miyazaki, diretor de A Viagem de Chihiro e Princesa Mononoke, anunciou sua aposentadoria através de Koji Hoshino, presidente do estúdio Ghibli. A notícia foi dada após a exibição de O Vento Leva, último lona-metragem de Miyazaki, na mostra competitiva. O diretor disse em entrevistas que não dirigirá mais filmes, mas pretende continuar ligado ao Ghibli, trabalhando principalmente no museu do estúdio. "Eu estarei livre. Ao mesmo tempo, enquanto puder dirigir meu carro até o estúdio, vou dirigir. Se existirem coisas que quero fazer, vou fazer", declarou, sem maiores detalhes.

Aleluia: Vocês se lembram daquele estranho rumor de Dinobots em Transformers 4: A Era da Extinção?Pois então, vai acontecer! Em entrevista ao Beijin News, o produtor Lorenzo di Bonaventura confirmou os robôs jurássicos com a seguinte declaração: "Não posso dar muitos detalhes, mas a presença dos Dinobots trará mais emoção aos espectadores. Além disso, personagens como Optimus Prime e Bumblebee virão nos carros mais legais que vemos nas ruas hoje em dia - incluindo até veículos da China. Então se você gosta de carros ficará impressionado com o que vamos mostrar". O longa estréia em 11 de julho de 2014 no Brasil.

Cumberbatch FTW: Cada vez mais próximo da iminência do anúncio de seu elenco, o episódio VII de Star Wars vai aumentando a pilha de especulações sobre seus atores. Quem agora circula pelos rumores da imprensa de Hollywood é Benedict Cumberbatch, fã declarado de Star Wars e que já trabalhou com J.J. Abrams em Além da Escuridão: Star Trek. O ator teria deixado inclusive o elenco do próximo longa de Guilhermo Del Toro, Crimson Peak, por um papel na franquia da Disney/Lucasfilm. Ainda não há, porém, informações sobre qual personagem seria interpretado por Cumberbatch (A gente aposta em um sith). Star Wars VII chega aos cinemas em dezembro de 2015 e deve escalar oficialmente seu elenco em outubro.

Novidades da Semana (01/09/13 a 07/09/13): Games

A seguir, os destaques dessa semana no mundo dos games:

Apostando: Em entrevista ao Omelete, Corey May, roteirista dos jogos de Assassin's Creed, afirmou que a adaptação da franquia aos cinemas será uma história inédita no cânone. "A intenção é entregar um filme que não seja igual ao game. Não queremos fazer um filme inspirado no [primeiro] Assassin's Creed, por exemplo. Faremos uma história situada no universo da franquia estabeleceu" diz ao site brasileiro, além de confirmar o envolvimento direto da Ubisoft, estúdio criador dos jogos, na produção. Estrelado por Michael Fassbender e produzido pela DMC Film (estúdio do ator), Assassin's Creed atualmente é escrito por Scott Frank (Wolverine - Imortal) e será lançado no dia 22 de maio de 2015.

Problemas básicos: Marianne Krawczyk, escritora da franquia de games God of War, acredita ser difícil adaptar a epopeia de Kratos aos cinemas. Ao Gamespot, ela falou que Patrick Melton e Marcus Dunstan, roteiristas da adaptação, vão precisar superar as dissonâncias entre as mídias para transportar o personagem para as telas de maneira bem feita: "O jogador tem uma experiência pessoal com [Kratos] e [no filme] Kratos será incorporado por um ator diferente, terá uma voz diferente e terá muito mais falas. Acho que será difícil adaptar isso, mas espero que algum dia consigam". Com produção da Atlas Entertainment, God of War ainda não tem diretor ou sequer data de lançamento.

Maior imersão: Com sua data de lançamento se aproximando, o Playstation 4 ganhou um rumor interessante. Segundo o CVG, a Sony deve anunciar durante a Tokyo Game Show, a ser realizada esse mês, óculos de realidade virtual, que serão similares ao Oculus Rift e compatíveis com DriveClub, game de corrida exclusivo do console. Os boatos apontam ainda para a possibilidade do jogador mexer a cabeça e conseguir, por exemplo, olhar por todo o interior do carro. O PS4 chega às lojas brasileiras no dia 29 de novembro.

Novos começos: Criador de Mega Man, Keiji Inafune começou uma campanha no Kickstarter para seu novo game, Mighty No. 9. Com objetivo inicial de arrecadar US$900 mil, ele atingiu a meta em menos de dois dias e já superou a marca. O jogo será produzido pela mesma equipe da criação anterior e já apresenta, pelas telas, uma grande semelhança com o robô azul, sendo também um ser robótico num ambiente 2D. Segundo Inafune, o game pegará todos os elementos que consagraram o 8 e 16-bit e os atualizará com novas mecânicas e design de fases arrojado. Para fazer uma doação, clique aqui.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Novidades da Semana (31/08/13 a 06/08/13): Televisão

A seguir, os destaques dessa semana no mundo da televisão:


A fila avança: Importante personagem da série literária As Crônicas de Gelo e Fogo, Sor Gregor Clegane, a "Montanha que Cavalga", irá trocar novamente de intérprete na televisão. Depois de Conan Stevens e Ian Whyte, o personagem vai ser agora interpretado em Game of Thrones pelo ator islandês Hafthor Julius Bjornsson, que anunciou a contratação em seu Twitter. Frequente participante de competições do "Homem mais forte do mundo", que envolvem provas como puxar caminhões e carregar rochas, Bjornsson tem 2,06 metros de altura, pesa 190 quilos e ganhou três vezes consecutivas o torneio em seu país natal. Game of Thrones volta a ser exibido em 2014 pela HBO. 


Pertinho: Em seu Twitter, Graham Linehan anunciou que o episódio especial de encerramento de The IT Crowd será exibido em setembro no Reino Unido pelo Channel 4. O derradeiro capítulo da série britânica, que foi ao ar entre 2006 e 2010, terá 40 minutos de duração e contará com os retornos de Chris O'Dowd, Richard Ayoade e Katherine Parkinson ao seus papéis.

Sucessor: Space Dandy, nova série animada de Shinichiro Watanabe, criador de Cowboy Bebop, ganhou seu primeiro trailer. O anime acompanhará Dandy, "homem mais elegante do espaço" e caçador de alienígenas, e estréia em janeiro no Japão. Confira a prévia abaixo:

Novidades da Semana (31/08/13 a 06/09/13)

A seguir, os destaques dessa semana no mundo dos quadrinhos:


Quase preconceito: Roteiristas da série Batwoman, J.H. Williams III e W. Haden Blackman anunciaram nesta quinta-feira, por seus blogs, que deixarão a mensal. O motivo, como sempre, foram as constantes interferências editoriais de última hora da DC Comics em seus planos, que incluíam o casamento da heroína com sua namorada, a policial Maggie Sawyer.
Na declaração conjunta da dupla, "A DC solicitou que alteremos ou descartemos por completo várias tramas de longa data de maneiras que, a nosso ver, prejudicam a personagem e a série. Disseram para abandonar planos para a origem do Crocodilo; fomos forçados a alterar drasticamente a conclusão original do nosso arco atual, que teria definido um futuro heroico e ousado para a Batwoman; e, o mais massacrante, fomos proibidos de mostrar um casamento entre Kate e Maggie. Sempre entendemos que, por mais que adoremos a personagem, Batwoman pertence à DC. Contudo, o fato destas mudanças virem sempre na última hora nos deixa frustrados e furiosos - porque nos impedem de contar a melhor história possível". Williams ainda reclamou no Twitter que "brigamos para que [as personagens] noivassem, mas foi nos dito enfaticamente que não poderia haver casamento.".
Mais tarde, a DC Comics e o próprio J.H. Williams III vieram a público para explicar a história. Enquanto o roteirista negou o veto do casamento homossexual, mas sim da trama de casamento (Esclarecendo: eles nunca se posicionaram anti-casamento gay", diz em seu Twitter), a editora informou ao site The Beat que "Como já foi informado pelos autores, as discordâncias editorias com os roteiristas de Batwoman não tiveram relação com a orientação sexual da personagem". O publisher Dan DiDio ainda tocou no assunto em seu Twitter, escrevendo que a DC continuará focando na Batwoman e "esperamos que a mudança na equipe [criativa] traga energia renovada à série".
A personagem já havia pedido o noivado à parceira no início desse ano, e após receber um não refez a proposta na edição mais recente. Com os homossexuais ganhando forte apelo midiático nos quadrinhos, incluindo aí vários matrimônios e personagens saindo do armário, a decisão da DC em não realizar o primeiro casamento gay feminino é bastante incoerente com o mercado. Será que a editora tem planos maiores para o casal?


Novos estilos: Criados na década de 60, a Gangue de Espadas (ou, em algumas traduções, Gangue Royal Flush), superequipe de vilões da DC Comics, ganhou um novo visual na primeira edição de Forever Evil. Claramente baseado em Arrow, a série do Arqueiro Verde, o bando possui agora no rosto máscaras de hóquei, como na TV, e aparentemente perderam seu robô brutamontes para uma versão humana de mesmo poder. Confira o novo visual do grupo abaixo e compare com o original:


Sobrou, levou: Após ter sido demitido da série Justice League 3000 pela DC Comics, o desenhista Kevin Maguire foi contratado pela Marvel Comics para desenhar a décima edição de Guardians of the Galaxy. Quem anunciou a novidade foi Brian Michael Bendis, que em seu Tumblr escreveu: "Como já expliquei aqui, sou da opinião de que artistas como Kevin são um tesouro nacional e é assim que deviam ser tratados por editoras e leitores (...) Temos conversado sobre trabalhar juntos faz um tempo, mas as estrelas não se alinhavam. Não sei bem o que aconteceu com ele esta semana, mas queria agradecer a seja lá quem que possibilitou que Kevin trabalhasse comigo em Guardians of the Galaxy #10. Que espero que seja o primeiro de muitos trabalhos em conjunto". Esta é a segunda vez que a Casa das Idéias "rouba" um dos empregados da DC, sendo o primeiro o roteirista James Robinson, envolvido atualmente em uma graphic novel do Homem-Aranha.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Crítica: Antes de Watchmen - Dr. Manhattan

O gato de Schröndinger nos quadrinhos

Por Pedro Strazza

Em vários momentos da vida, somos forçados a tomar decisões. Das mais bobas às mais complexas, essas escolhas definem o nosso rumo e caráter, além de alterarem as relações com pessoas mais próximas e queridas. Mas sempre sobrará aquela pequena dúvida sobre o caminho não tomado e em seus desdobramentos e consequências. Deveria tê-la pedido em casamento? O que aconteceria se fosse à festa? E se nunca tivesse o conhecido? Se já é difícil pensar no peso de nossas ações, imagine nas de um homem com poderes de deus.
Essa é a grande proposta de Antes de Watchmen: Dr. Manhattan, prelúdio da obra de Alan Moore dedicado ao ser azul e filosófico. Consequência de um acidente de laboratório, os vastos poderes de Jonathan Osterman são deveras poderosos para o filho de relojoeiro, que depois de voltar sua mente até antes de seu nascimento cria uma infinidade de universos paralelos, por onde enxergará todos os destinos de todas as possibilidades possíveis em sua vida, incluindo aí a sua desintegração e criação. Correndo sérios riscos de morte, cabe ao herói então corrigir a situação antes que seja tarde demais.
Por mais confusa que pareça, a trama da minissérie é uma de suas melhores qualidades. Envolvendo vários destinos, a história poderia facilmente ter incoerências e erros de continuidade durante sua trajetória, mas a experiência do escritor J. Michael Straczynski com sua série Babylon 5 evita esse problema tranquilamente. Há ressalvas, porém, ao final do quarto e último capítulo, cuja ligação com a graphic novel é esquisita e notavelmente forçada.
Mas os mundos paralelos criados por Straczynski não seriam nada sem a diagramação das artes de Adam Hughes. Apesar do desenho mais regular em comparação a outros artistas, a dupla faz esquematizações ousadas para uma minissérie mensal, e torna a tarefa de encontrar as diferenças entre os diferentes destinos de cada escolha uma diversão à parte para o leitor.
O ponto mais forte da HQ são porém as relações do Dr. Manhattan com o mundo à sua volta. Perito em criar novas visões para heróis clássicos (como o Homem-Aranha ou o Superman), Straczynski remodela um pouco da falta de humanidade do personagem, obviamente respeitando a criação de Moore, que agora procura entender mais da civilização e suas emoções enquanto se torna um observador das várias realidades criadas por ele. O momento mais interessante nessa "interação" é a exploração, ainda que pouco profunda, do passado de Jon com seu pai, fato inédito na cronologia.
Depois de ter errado feio com o prelúdio do Coruja, Straczynski dá a volta por cima em Antes de Watchmen: Dr. Manhattan. Os dilemas do poderoso personagem e a exploração de sua personalidade acabam por ser excelentes ferramentas para criar no heroi uma empatia com seu público leitor, que tem o privilégio de ver a evolução de Jon enquanto enxerga as várias realidades de um mesmo universo amado. Ao final da leitura, mesmo com uma precipitada conexão com a graphic novel, fica aquele gostinho de "quero mais" por mais aventuras de um dos homens mais poderosos dos quadrinhos (e talvez do mundo pop) e talvez com um dos melhores prelúdios dessa clássica obra que é Watchmen.
Nota: 9/10

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Dica da Semana: Os Livros da Magia

Um tour belo e real pelo desconhecido

De tudo criado pela imaginação do ser humano, a magia é a mais misteriosa. Já há séculos no cotidiano da civilização, esse universo fantástico ganhou ao longo do tempo inúmeras interpretações pela mãos de vários autores, que foram de visões levianas à complexidade e sofisticação. Mais interessante, porém, é quando o escritor, seja em qualquer mídia, choca esse mundo mágico com a realidade, confrontando o nosso cotidiano com fatos inexplicáveis à ciência e trazendo seu leitor a uma nova realidade.
Um dos melhores exemplos disso são Os Livros da Magia, minissérie escrita por Neil Gaiman e publicada em 1993. Na trama, quatro dos mais poderosos representantes da magia (John Constantine, Mister Io, Dr. Oculto e Estranho) resolvem proteger e introduzir o jovem Tim Hunter a seu universo quando forças malignas planejam matá-lo. O garoto, aparentemente normal quanto qualquer garoto de 13 anos, é afinal um futuro grande representante dos meios obscuros, e deve decidir se segue caminho nessas artes ou contenta-se com a própria realidade atual.
Dividida em quatro partes, a obra de Gaiman propõe-se a explorar todo esse universo misterioso, dedicando cada capítulo a uma vertente. Passado, presente, mundos paralelos e futuro são apresentados por cada um dos magos, que mostram claramente em diversos momentos, junto com outros seres, suas opiniões sobre o ingresso nesse caminho. Nesse momento, Hunter vira o leitor, e cada uma de suas questões, a princípio básicas, ganham aos poucos um maior sentido filosófico, garantindo bons momentos de reflexão durante a leitura.
A parte mais bem bolada de todo processo é, porém, a interessante forma de retratar o texto. Gaiman escolheu a dedo quatro grandes desenhistas e os convidou a ilustrar, cada um à sua maneira, o mundo mágico. O resultado disso são as espetaculares pinturas de John Bolton, Charles Vess, Scott Hampton e Paul Johnson, que sem medo dão a própria visão das descrições do escritor (podendo ficar bastantes difíceis, como no caso da quarta parte).
Com a profundidade de sua história e ilustrações ousadas, Os Livros da Magia é uma das melhores criações sobre o tema. Com muita esperteza, Neil Gaiman deslumbra visualmente e mentalmente com sua magia habitual tanto leitor como Tim Hunter, conseguindo não cair no erro do didatismo chato durante esse processo. Ainda sim, nada ali é ingênuo, e a mistura do desconhecido com a realidade de nossos dias é tão perfeita como as varinhas mágicas de J.K. Rowling ou o pó de pirlimpimpim de Sininho.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Warp Speed News: Smaug Wars - O povo jurássico se aposenta

Trabalhou o dia inteiro e não deu tempo de ver as notícias do dia? Não se preocupe, o Warp Speed News está aqui pra te informar do melhor que ocorreu na cultura pop hoje!
Em velocidade de dobra, temos:

Sherlock Wars

Cada vez mais próximo da iminência do anúncio de seu elenco, o episódio VII de Star Wars vai aumentando a pilha de especulações sobre seus atores. Quem agora circula pelos rumores da imprensa de Hollywood é Benedict Cumberbatch, fã declarado de Star Wars e que já trabalhou com J.J. Abrams em Além da Escuridão: Star Trek. O ator teria deixado inclusive o elenco do próximo longa de Guilhermo Del Toro, Crimson Peak, por um papel na franquia da Disney/Lucasfilm. Ainda não há, porém, informações sobre qual personagem seria interpretado por Cumberbatch (A gente aposta em um sith). Star Wars VII chega aos cinemas em dezembro de 2015 e deve escalar oficialmente seu elenco em outubro.

O poder do povo

Criador de Mega Man, Keiji Inafune começou uma campanha no Kickstarter para seu novo game, Mighty No. 9. Com objetivo inicial de arrecadar US$900 mil, ele atingiu a meta em menos de dois dias e já superou a marca. O jogo será produzido pela mesma equipe da criação anterior e já apresenta, pelas telas, uma grande semelhança com o robô azul, sendo também um ser robótico num ambiente 2D. Segundo Inafune, o game pegará todos os elementos que consagraram o 8 e 16-bit e os atualizará com novas mecânicas e design de fases arrojado. Para fazer uma doação, clique aqui, mas antes veja telas de Mighty No. 9 abaixo:




Confirmados!!

Vocês se lembram daquele estranho rumor de Dinobots em Transformers 4? Pois então, vai acontecer! Em entrevista ao Beijin News, o produtor Lorenzo di Bonaventura confirmou os robôs jurássicos com a seguinte declaração: "Não posso dar muitos detalhes, mas a presença dos Dinobots trará mais emoção aos espectadores. Além disso, personagens como Optimus Prime e Bumblebee virão nos carros mais legais que vemos nas ruas hoje em dia - incluindo até veículos da China. Então se você gosta de carros ficará impressionado com o que vamos mostrar". O longa estréia em 11 de julho de 2014 no Brasil.

Um triste adeus

Durante o  festival de Veneza, Hayao Miyazaki, diretor de A Viagem de Chihiro e Princesa Mononoke, anunciou sua aposentadoria através de Koji Hoshino, presidente do estúdio Ghibli. A notícia foi dada após a exibição de O Vento Leva, último lona-metragem de Miyazaki, na mostra competitiva. O diretor dará uma entrevista no Japão em breve para falar sobre a decisão, mas até agora, não há detalhes do por quê, sendo apenas confirmado que ele não fará novos filmes.

Lixeira Nerd: Demolidor

O homem sem roteiro, efeitos, drama...

Na moda hoje em dia, os super-heróis devem seu sucesso no cinema principalmente por causa de seus fãs. Dotados de uma paixão eterna pelo gênero, alguns integrantes desse grupo particular, que cresceram lendo histórias do Batman, Homem-Aranha e Superman nos quadrinhos, foram responsáveis pela adaptação desses mundos paras as telas, imprimindo ali suas memórias tenras e felizes das aventuras desses personagens e criando rios de dinheiros para as produtoras, como em Vingadores ou na trilogia Cavaleiro das Trevas. Mas nem foi sempre assim.
Até antes de Batman Begins, em 2005, Hollywood procurava apenas arrecadar ao máximo com as adaptações de quadrinhos, não se importando com a verossimilhança da obra com sua produção. E depois de ver franquias como X-Men e Homem-Aranha estourarem nas bilheterias, esse respeito foi ainda mais jogado para o lado, gerando blockbusters de ação que eram verdadeiros horrores para os donos dos direitos e, principalmente, aos fãs do personagem ali adaptado. Não é à toa que esses filmes são praticamente esquecidos por todos hoje em dia.
Houve, porém, quem tentasse nessa época agradar aos fãs no intuito de conseguir mais bilheteria, como é o caso da 20th Century Fox com Demolidor. Lançado em 2003, o longa de Mark Steven Johnson (também responsável pelos péssimos Elektra e Motoqueiro Fantasma) é um verdadeiro pastiche da trajetória do Homem sem Medo nos quadrinhos, conseguindo a incrível façanha de irritar ainda mais os apreciadores do heroi.
A começar pela própria origem de Matt Murdock. Se o lado psicológico do acidente que deixou o garoto cego retêm-se ao mínimo da coerência, o rápido desenvolvimento dos poderes ganhos e a ligação do advogado com a religião ficam muitíssimo mal explicados. Este último em especial: Como apenas um toque do sino da Igreja já é o suficiente para o moleque tornar-se rapidamente um fiel?
As lambanças do roteiro só aumentam conforme a história avança, virando em pouco mais de meia hora uma bola de neve de erros e incoerências (Se o Demolidor conseguiu lutar, mesmo ferido, com o Mercenário e o Rei do Crime, por que ele não foi ajudar a Elektra quando ela mais precisava?). Sem contar os dramas jogados a todo momento e rapidamente esquecidos, como o questionamento do Demolidor quanto seu papel de herói ou sua solidão eterna (e rapidamente esquecida).
Mas quem mais sofre com o roteiro porco são mesmo os atores. Por mais que tentem imprimir algum tipo de seriedade a seus pais, Ben Affleck, Jennifer Garner e Michael Clark Duncan não conseguem passar mais nada ao espectador além de canastrice. Já Colin Farrel parece mais chapado do que nunca como seu Mercenário, não dando nenhum pavor em seu público e virando uma espécie de alívio cômico sem graça da história.
Se na trama Demolidor desaponta horrorosamente, no visual falta manejo. Bastante experimental, a fotografia e a direção de arte carecem em vários momentos de um diretor experiente nessa área como um Zack Snyder, e toda a composição ali estabelecida fica deveras confusa em vários momentos. É talvez nesse ponto que o longa-metragem perca muitos pontos com sua audiência, que, desinteressada na história, poderia pelo menos se contentar com algumas cenas de ação bacanas. Mas nem isso dá certo, pois já na primeira troca de socos do Demolidor com o Mercenário nota-se a precariedade da produção.
Ao final de longas uma hora e quarenta, a primeira incursão do Homem sem Medo nos cinemas consegue a façanha de não agradar a ninguém. Se o público sai sem entender absolutamente nada do ocorrido na película, os fãs não escondem de ninguém a decepção em ver um personagem tão complexo e interessante ser retratado de maneira leviana e confusa. Mesmo que com inúmeras referências (John Romita, Joe Quesada, Brian Michael Bendis, etc.) e aparições (Stan Lee, Kevin Smith e Frank Miller) de quadrinistas e escritores famosos, a 20th Century Fox não esconde de ninguém aqui o maior apreço pelo valor comercial em cima do pobre dono da Cozinha do Inferno.