quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Crítica: Tropa de Elite 2


Quando você pergunta ao brasileiro que filme brasileiro ele mais gosta, o mais provável é que ele responda Tropa de Elite. Há 2 anos atrás, se você conversasse sobre Tropa de Elite com a garotada, eles falariam frases como "Cadê o baiano?", "Ô 02! Traz a vassoura" e "Pede pra sair"! A criação do ícone pop chamado Capitão Nascimento foi tão grande que ele chegou a ser comparado a Chuck Norris. E, obviamente, o cinema brasileiro não poderia deixar de fazer uma continuação para o filme. E eis agora que chega Tropa de Elite 2, filme que se passa nos dias atuais e agora traz um Coronel Nascimento combatendo de frente as milícias do Rio de Janeiro.
O filme já começa tenso, com o BOPE já entrando em Bangu 1 para resolver uma rebelião liderada por Seu Jorge (que, cá enre nós, não dura 5 minutos no filme). Logo depois disso, o Coronel já é promovido a Sub-Secretário de Segurança do Rio de Janeiro. E assim vai indo, com uma boa dose de violência e corrupção, que o filme se encaminha. O diretor José Padilha não hesita em matar qualquer um que apareça, e assim vai indo, construindo uma excelente crítica à política, mas algo esbarra nesse bom funcionamento: o final. Tudo vai se encaminhando para Tropa 2 virar o filme brasileiro do ano, com bom ritmo e boas doses de tudo, quando o final simplesmente destrói todo o argumento. Qual era o sentido de fazer aquilo? Que final é esse, que não faz sentido algum à narrativa?
Ou seja, ignorando o final, o filme é bem construído. Vale a pena ir ao cinema conferir o filme que poderia ter sido o grande lançamento do ano.
Nota: 9,5

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