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quinta-feira, 10 de março de 2011

Crítica: Rango

Já na primeira cena de Rango tudo é esclarecido: O personagem que vemos ali é solitário e tem uma crise de identidade. O camaleão dialoga com o espectador com um misto de loucura e genialidade, interpretando personagens e discutindo com seres inanimados.
A temática parece ser estranha, mas Rango carrega algo mais em sua história: O camaleão é jogado no meio do deserto do Mojave, recebe conselhos de um tatu meio biruta e vai parar numa cidade louca por água, que vira a moeda de troca. O pobre coitado ainda entra em um bar e é perguntado de sua identidade. E aí que ele olha para uma garrafa de suco de cacto e se pergunta: Quem é ele?
O filme carrega esta pergunta a projeção inteira, como se Rango perguntasse a você: Quem é você? Por que você está aqui? A pergunta é interessante e muito forte, mas o filme continua (como se a vida continuasse): Depois de derrotar um pássaro, Rango vira o xerife da cidade e tem que resolver o caso da água, que desapareceu.
O filme alterna em perfeita sicronia a pergunta e tributos ao velho oeste (Incluindo aí uma aparição do Estranho Sem Nome de Clint Eastwood), trazendo ação e reflexão ao personagem de Johnny Deep. Esse equilíbrio gera simpatia por Rango, que vira o perfeito ator de herói, mesmo que desajeitado.
Quanto aos termos técnicos, destaque às dublagens de Johnny Deep e Abigail Breslin, que devem ser apreciadas pelos brasileiros. A animação é muito bem feita, podendo levar o filme a uma indicação ao Oscar ano que vem.
Quanto à pergunta, só você pode responder, meu caro.

Nota: 9,5

Crítica: Gnomeu e Julieta

Sheakespeare é talvez o escritor mais conhecido da atualidade. Dentre suas milhares de obras conhecidas, incluindo aí ideias geniais como Henrique V, Hamlet, A Tempestade e O Mercador de Veneza, a mais gasta no cinema com certeza foi Romeu e Julieta. De adaptações literais à referências indiretas, o amor impossível vivido pelos dois protagonistas é já bastante conhecida do público. Mas, já que ela é uma obra tão conhecida, como introduzi-la ao espectador mais jovem, ou seja, o povo infantil?
A resposta pode ser conferida no filme Gnomeu e Julieta. A história aqui é adaptada para o jardim de dois velhos rabugentos, o Sr. Capuleto e Sra. Montéquio. Em vez de humanos se digladiando, temos aqui gnomos de jardim fazendo corrida com cortadores de grama.
A adaptação chega a ser boa: as piadinhas que os gnominhos fazem são muito engraçadas, a animação é bonitinha, a trilha sonora feita com músicas de Elton John encanta os mais velhos e o som dos enfeites de porcelana se tocando é bonitinho demais. Há inclusive a presença de Shaekespeare em sua própria obra, alegando que seu final é mais interessante (que é obviamente amenizado para a criançada). Quanto à dublagem, Ingrid Guimarães consegue cobrir em parte o elenco estrelado de vozes, que contam com gente como James Macvoy, Emily Blunt e Michael Caine.
Mas o mais interessante no filme é talvez o fator despreocupação: por ser uma animação infantil, Gnomeu e Julieta não se esforçam em alcançar algo mais que o desejado. Não se cria aqui uma pequena lição de moral, se dá um pequeno conhecimento à criançada, a história de um amor verdadeiro.
 
Nota: 8,5

segunda-feira, 7 de março de 2011

ListaNerd: Two and a Half Men

É, meus amigos: Charlie Sheen foi demitido de Two and a Half Men e a série provavelmente não vai conseguir seguir em frente. Pensando nisso, O Nerd Contra Ataca fez uma Lista Nerd com as prováveis séries que podem suceder a sitcom líder de audiência nos EUA. Confira:
1° - The Big Bang Theory: É a que tem mais chance. Os nerds vem logo em seguida no ranking de audiência e tem forte apoio da Warner Brothers. Além do mais, a série tem um dos maiores ícones da televisão americana atual: O super nerd Sheldon Cooper.
2° - How I Met Your Mother: Outra forte candidata, a série, que mostra um pai contando aos filhos como conheceu a mãe deles, é também uma das sitcoms que tem maior índice de audiência nos Estados Unidos. Mas ela não vai durar muito: A série, que está na sua 6° temporada, foi renovada para mais duas temporadas e não vi muito além disso.
3° - Shit My Dad Says: A sitcom baseada num perfil de twitter tem forte apoio da Warner e está começando agora, o que pode significar um longo tempo para a série.
4° - Cougar Town: Apesar da série de Courtney Cox não ser uma sitcom, a comédia apresenta bons índices de audiência e muitas boas piadas.
5° - Comunnity: A série tem forte legião de fãs e já está começando a tentar a ser a zebra nesta lista. A série, que conta com Chevy Chase, mostra crescimento na audiência e nas piadas.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Crítica: 127 Horas

Muito antes de Quem Quer Ser um Milionário, Danny Boyle já tinha um projeto em mente: Contar a história do alpinista Aaron Ralston, que ficou com uma mão presa embaixo de um rocha por 5 dias. Inicialmente Ralston rejeitou a proposta, pois não conhecia o diretor suficientemente para entregar a história que mudou sua vida. Um tempo depois, Aaron viu a vitória avassaladora de Boyle no Oscar 2008 e finalmente cedeu aos pedidos do diretor.
O filme, que na 1° metade mostra a vida de Aaron e os belos canyons do lugar onde se passa a história (o filme quase que vira um documentário), torna-se um filme de sobrevivência na 2° parte, jogando o espectador para o puro suspense: será que ele conseguirá pegar o canivete? A água durará o suficiente?
Claro que todos nós conhecemos o final dessa história, mas a maneira com que o diretor maneja o filme torna-o interessante.
A começar pela filmagem: Danny Boyle usa de várias linguagens para apresentar o espectador todos os lados da história, como a tela dividida em três, o interior do tubo de água e do armário onde estava um anivete melhor, etc. Mas, dentre todas essas, a que realmente importa é a câmera: Como o personagem está sozinho, a filmadora torna-se o principal meio de comunicação entre o interlocutor e o locutor. É lá que Aaron confessa tudo o que sente (contando com uma belíssima atuação de James Franco, que só não levou o Oscar por puro azar), é por lá que entendemos o que ele está delirando, o que ele sente falta, ou seja, é por esse aparelho que a história funciona.
Outro fator importante na história é o delírio: Ralston tem vários deles por causa de vários fatores, mas o que importa são o que eles representam. Seja pelo término do namoro, seja pelo distanciamento dos pais, seja mesmo pela festa que ele não pode comparecer, Aaron percebe o tanto que perdeu em sua vida. É o isolamento humano, como o de Zuckemberg em a Rede Social. Ele sente o mesmo que o personagem de Jesse Einsenberg no filme de David Fincher, mas de uma maneira diferente. Um exemplo claro disso aparece quando Aaron imagina o quanto de líquido teria na festa, e vem na cabeça várias e várias propagandas de bebida. Ele sente na pele o que está perdendo.

Obs: A partir daqui há spoilers do final do filme. Leia sobre seu próprio risco.



Uma das cenas mais chocantes de 127 Horas é o corte do braço de Aaaron (que fez várias pessoas terem acessos de vômitos e desmaios), mas no momento que ele fotografa o local a gente entende: A experiência pelo qual ele passou é uma experiência pelo qual todos nós devemos passar. Claro, sem precisar tomar o mijo ou cortar o braço.



Nota: 10

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Crítica: O Discurso do Rei

Superação. Se há uma palavra que Hollywood adora é superação. Quantas vezes você já foi ao cinema e acabou vendo a história daquele cara que era pobre ou tinha um problema sério que supera-o e vira uma pessoa melhor? O gênero, que é muito forte no cinema, já aconteceu em vários lugares: ringues, campos de futebol, política, música, arte e agora acontece na realeza sobre a forma do filme O Discurso do Rei.
O filme ganhador do Oscar de Melhor Filme da premiação em 2011 trata da gagueira de George VI (Colin Firth), pai da rainha Elizabeth II, que tem de assumir o reinado deixado por seu irmão para casar-se com uma mulher divorciada, coisa que a Igreja Anglicana não permite. O problema da gagueira é tão grande que sua mulher (Helena Boham Carter, que pela primeira vez em um bom tempo faz um papel normal) tem que procurar Lionel Logue (Geoffrey Rush), um terapeuta da fala, para tratá-lo.
O filme retrata a grosso modo a relação entre o rei e Lionel, que rendem diálogos interessantes e amarrados. Para isso acontecer, as atuações brilhantes de Colin Firth e Geoffrey Rush e a direção de Tom Hopper, que usa e abusa do cenário para contextualizar o espectador, convidam o público a se identificar com George. O filme também rende bons momentos nas cenas mais cômicas, incluindo aí uma rápida aparição de Hitler.
Mas todos esses pontos positivos acabam por ser atrapalhados pela história básica de superação, que aparece gritante em certos momentos e é coroada por um clímax muito, mas muito óbvio. Pois afinal, o que o diretor quer, uma inovação ou uma retomada aos velhos moldes?

Nota: 8,5

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

CRÍTICA EXCLUSIVA!: Besouro Verde

A década de 2000 foi marcada essencialmente pelos filmes de heróis dos quadrinhos. As adaptações bem-sucedidas de Homem-Aranha, Quarteto Fantástico, Batman, Demolidor, X-Men, Hulk e Superman para a tela grande trouxeram obras que eram mais desconhecidas (ou até esquecidas!) do público como Speed Racer, Watchmen, V de Vingança, 300 e O Procurado. Toda essa onda vai trazer ainda mais "filmes de gibi" na década de 2010, que já conta com Lanterna Verde, Superman, Capitão América, Thor, o tão esperado Vingadores e Besouro Verde, filme que começa a década para o gênero.
O herói foi inicialmente criado no rádio, e aí migrou para a televisão, onde fez o inesquecível episódio especial com a série do Batman. Depois disso, o Besouro migrou para os quadrinhos e pouco fez até ser cancelado. Com a onda de filmes super-heróicos, o ator Seth Rogen decidiu reviver a saga e produziu e protagoniza a história, que mostra a vida de Britt Reid, filho mimado de um diretor de jornal respeitado que morre graças a uma picada de abelha. Reid resolve então lutar, ao lado do seu parceiro e empregado Kato, contra o crime, mas sendo tratado como criminoso.
O filme aborda em toda a sua trama um tom de deboche em relação aos super-heróis, e essa gozação rende excelentes piadas. Seth Rogen e Jay Chou fazem várias paródias com Batman e Robin, Cameron Diaz é um excelente pivô para piadas sobre as mocinhas indefesas (É como se a Dupla Dinâmica tivesse uma disputa para ficar com a donzela!) e Chistopher Waltz faz o estereótipo do vilão amalucado.
Isso tudo andaria bem se não fosse por um roteiro que não casa muito bem a parte engraçada com a séria. Entre cortes rápidos e montagens bizarras, o roteirista não consegue casar os bons momentos de comédia com a ação totalmente destrutiva. Não dá para se admirar os dois lados.
Além disso, as atuações já acostumadas de Seth Rogen, Cameron Diaz e Christopher Waltz não deixam muito espaço para Jay Chou apresentar muito bem o seu papel, que beira um pouco à canastrice.
Com todas essas falhas, Besouro Verde acaba por perder uma boa chance de voltar triunfamente para o cinema, mas dá esperanças à filmes que gozam o gênero de heróis.

Nota: 8,5

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

NumCinemaPertodeVocê: 11/02/11

Semana cheia, com dois fortes candidatos a levar o Oscar, um suspense e um musical. Confira:
- Bravura Indômita: Novo dos Coen! Faroeste! Jeff Bridges! Yêêêi!
- O Discurso do Rei: O mais próximo de ganhar o Oscar de Melhor Filme. Bora pro cinema!
- O Ritual: Anthony Hopkins vai ficar do mal e novo. E dessa vez com o Diabão!
- Burlesque: A estréia de Christina Aguilera ( a Vanusa americana!) no cinema com um musical. Só!

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Crítica: Tron - O Legado

É, não foi dessa vez. Nem com a tecnologia avançada de efeitos visuais, nem com o Daft Punk, nem mesmo com Jeff Bridges. Tron - O Legado deixou a desejar.
A sequência do filme de quase 30 anos atrás era um projeto que a Disney queria tirar do papel já há algum tempo. Afinal, a empresa de Mickey e seus amigos precisava de alguém que fizesse uma nova franquia para meninos. Só que o filme apresenta um problema: o roteiro. A história é tão simples que fica gritante demais para conseguir aceitar a ingenuidade dos personagens de Jeff Bridges e Garrett Hedlund (que, por sinal, é um baita de um canastrão!).
Mas o filme tenta encobrir este fator com a parte técnica. E é aí que o filme tem um pequeno acerto: a cara rejuvenescida do atual vencedor do Oscar de Melhor Ator dá realmete a impressão que ele está mais novo, e a trilha sonora criada pelo incrível duo francês Daft Punk deixa o filme bem ágil.
Mas isso não é suficiente, e o filme acaba que ficando medíocre. Agora resta à Disney consertar os erros e fazer algo melhor na continuação.

Nota: 6