Timberlake se perde na experimentação em seu retorno ao cenário musical
Em muitos momentos de The 20/20 Experience Timberlake se perde em meio aos mais variados recursos disponíveis, já que o foco aqui é o som e não a letra. Um exemplo disso é Pusher Lover Girl (abre-alas do disco), que vem com um estilo refinado até seu quinto minuto, onde o cantor muda o tom para um improvável remix eletrônico da própria. A mudança é tão bruta que perde-se todo o ritmo criado até ali.
Essa necessidade de exercitar o lado dj repete-se várias vezes, e só cai bem quando é o centro da música, como nos pontos altos Let the Groove Get In (única canção que se separa do R&B para uma batida mais latina) e Suit & Tie. Fora essas temos vários momentos onde a repetição de sons é incrivelmente irritante, desde Don't Hold the Wall até Blue Ocean Floor, que além de repetitiva é excessivamente cansativa, graças em parte à necessidade de toda música ter mais de 5 minutos.
Depois de ouvir as 10 músicas, chega-se à conclusão de que Justin Timberlake aprecia fazer novos arranjos para o decaído e repetitivo cenário pop. É claro que qualquer nova ideia é bem vinda, mas é preciso saber equilibrá-las com o exagero artístico. E é notável o quanto Timberlake precisa aprender isso. Veremos se nesse retorno do cantor (continuando com uma extensão de The 20/20 Experience ainda esse ano) aproveitaremos seu talento plenamente.
Nota: 5/10
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