A seguir, os destaques dessa semana no mundo dos quadrinhos:
Melhor puxar uma cadeira: O jornal francês Le Soir divulgou essa semana que a editora franco-belga Casterman recebeu autorização da administração do legado de Hergé para lançar um novo álbum de Tintim a partir de 2052, 39 anos daqui. O looooongo tempo de espera para poder publicar o título decorre do tempo que o personagem cairá em domínio público, ou seja, quando se completarem setenta anos da morte do criador do detetive, em 2053, será possível a qualquer um a partir daí utilizar o personagem em criações próprias. Para evitar isso, a Moulinsart (empresa administradora do espólio de Hergé) combinou com a Casterman de produzir uma nova HQ de Tintim um ano antes, cumprindo a missão de "promover e proteger" a obra. A publicação francesa também garantiu que em 2014 um livro sobre Os Cigarros do Faraó chegará às lojas, comemorando oitenta anos da primeira obra de Tintim pela Casterman.
Reviravoltas e substituições: Tanto a DC Comics quanto a Marvel Comics revelaram essa semana interessantes mudanças nas vidas de um de seus personagens. A editora do Superman confirmou que o Superboy irá bater as botas durante a saga Krypton Returns e substituirá o personagem pelo filho de Clark Kent e Lois Lane em um futuro alternativo, Jon Lane Kent. Aparecendo anteriormente no Universo DC nas clássicas O Que Aconteceu ao Homem de Aço e O Filho de Superman, o garoto foi quando criança raptado e treinado pelo vilão Harvest, que o educou para ser um verdadeiro assassino de super-heróis. Com roteiro do experiente Marv Wolfman e desenhos de Andres Guinaldo, a reformulação do título ocorre na edição 26, em dezembro.
Já a Casa das Ideias resolveu virar a vida do Homem de Ferro de cabeça para baixo. (A PARTIR DAQUI, SPOILERS) Na última edição lançada no título Iron Man (a #17) a saga A Origem Secreta de Tony Stark encerrou-se mostrando que o playboy é, na verdade, um menino adotado por Howard e Maria Stark, que o trouxeram pra dentro de casa depois de quase perderem o pequeno filho Arno em um experimento científico. Garantindo que seu bebê nasceria com intelecto e habilidades superiores, um robô alienígena chamado 451 manipulou o casal na época em deixar a criança participar como cobaia de um teste para acelerar a evolução humana. Desconfiando das intenções do sujeito, Howard resolveu interferir no projeto, e o pequeno Arno acabou nascendo sem conseguir respirar por conta própria, passando toda sua vida em uma clínica médica.
Identidade secreta do vilão de um futuro alternativo chamado Homem de Ferro 2020, Arno já havia aparecido antes no Universo Marvel. Autor da trama estarrecedora, Kieron Gillen comentou ao CBR que "estamos chegando perto de 2020 e achei que seria uma hora boa introduzir Arno Stark ao Universo Marvel", garantindo ainda a formação de uma dupla entre os dois irmãos. Alex Alonso, editor-chefe da Marvel, também comentou sobre o assunto, alegando haver agora inúmeras possibilidades para as histórias do personagem, abrindo também uma interessante discussão sobre a adoção, além de ter achado a ideia uma interessante reviravolta nos cinquenta anos do Homem de Ferro.
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