A seguir, os destaques dessa semana no mundo dos quadrinhos:
Anúncios: Em clima de New York Comic-Con, a DC Comics fez dois anúncios expressivos e foi alvo de um interessante boato nessa semana.
A editora divulgou que publicará uma história especial e paralela para a saga Forever Evil, seu grande evento do ano. Com 18 capítulos, Forever Evil: Blight atravessará por quatro títulos mensais (Justice League Dark #24, Trinity of Sin: Phantom Stranger, Trinity of Sin: Pandora e Justice League Dark #29) e acompanhará um novo vilão do universo DC intitulado Blight. Identificado pela DC como a "manifestação física do mal", o antagonista teve seus poderes aumentados com a entrada do Sindicato do Crime na nossa realidade. Confira o seu design a seguir:
Agora o rumor: Segundo fontes do Bleeding Cool, o novo especial da editora para setembro de 2014 vai fazer todas as tramas realizarem um salto temporal de cinco anos em suas cronologias. A estratégia, muito similar à feita ao final da saga Crise Infinita (2005), faz conexões com o tempo defendido atualmente pela DC como oficial, ou seja, o tempo que os heróis começaram a surgir nos Novos 52. Assim como feito há quase dez anos, uma publicação será criada para explicar o que ocorreu nesses anos perdidos, e os roteiristas Brian Azzarello, Dan Jurgens, Keith Giffen e Jeff Lemire estariam envolvidos no projeto.
Um novo concorrente para a DC e Marvel?: No fórum de seu site oficial, Mark Millar anunciou que já está armando as conexões entre os quadrinhos que publicou, revelando essas interações em breve. O final de Kick-Ass 3, minissérie que conclui a saga de Dave Lizewski, muito provavelmente está relacionado a essa revelação. Ele garante que toda a sua produção recente, como Nêmesis e The Secret Service, e futura (MPH), estará envolvida no processo.
Segundo o escocês, já há ligações entre Supercrooks e Jupiter's Legacy. Johnny Bolt, da primeira, aparecerá em algumas edições da última em breve, enquanto Kasey, de Supercrooks, é a filha não-reconhecida do tio Walter de Jupiter. As séries terão mais interações do que apenas ambientarem-se em um mesmo mundo, segundo o autor: "É uma ideia bem diferente. Vocês vão ver como eu vou executar em Kick-Ass, porque a série não pode cair num universo fantástico ou coisa assim, pois destrói o realismo que há no conceito. A ideia é muito simples".
As informações coincidem com a recente declaração do escocês da criação de um universo inteiro a partir de MPH - Confira aqui.
Mais terror: Robert Kirkman, criador da série em quadrinhos The Walking Dead, divulgou essa semana mais detalhes de seu novo projeto autoral em parceria com a Fox International, que a adaptará para a televisão. Outcast será desenhada por Paul Azaceta e conta a história de um homem que sofre com possessões desde criança. A revista o acompanhará adulto em sua jornada espiritual para encontrar as respostas sobre as forças que o perseguem, e segundo Kirkman o final já está bem delineado (ao contrário, por exemplo, da saga de Rick e seu grupo).
Virada diabólica?: A DC Comics conseguiu finalmente fechar um mês à frente da Marvel. Nos números divulgados pela Diamond Comics, a maior distribuidora dos EUA, a editora de Batman e Superman conquistou mais de 40% do mercado no mês de setembro, tanto em exemplares (45%, quase metade do total possível) quanto no total arrecadado, enquanto a Casa das Ideias ficou abaixo dos 30% nas duas classificações. O sucesso se deve principalmente ao Mês dos Vilões, evento comemorativo de aniversário dos Novos 52 que iniciou a saga Forever Evil e trouxe histórias solos de antagonistas em todas as edições publicadas mensalmente pela editora.
Os resultados obtidos no último mês mostram uma inversão violenta do que se vê geralmente nessas pesquisas, pois a Marvel Comics costuma abocanhar 40% do mercado mensalmente. O sucesso do projeto da DC, porém, é questionável na visão dos analistas: Com capas especiais do lado das comuns para cada "edição-vilão", pode se considerar que a editora duplicou sua produção habitual, vendendo 129 publicações contra 67 da Marvel.
Falando em capas, as edições especiais do mês, que vinham com efeito lenticular, provocaram um problema de estoque para os lojistas, pois elas foram produzidas em número abaixo do grande número de pedidos. Os gibis normais sobraram, por outro lado, podendo ser devolvidos à DC Comics, que se prejudica.
Uma coisa porém é certa: O mercado de quadrinhos americano vendeu muito em setembro. No último mês foi registrado pela Diamond uma alta nas vendas de 25% em relação ao mês passado e, comparado ao mesmo período em 2012, de 23,4%. Os sites ICV2 e Comichron foram além, confirmando que esse foi o melhor mês do mercado de quadrinhos desde que a Diamond começou a divulgar seus números, em 1997.
0 comentários :
Postar um comentário