Por Pedro Strazza
Após um mês totalmente dedicado aos Vingadores, a iniciativa agora relança no Brasil os dois principais títulos dos mutantes do recém-falecido Charles Xavier, X-Men e Wolverine, junto da também zerada Homem de Ferro e Thor. Vejamos então quais revistas estão valendo a pena de se investir seu suado dinheiro:
X-Men
- Novíssimos X-Men: Em sua estréia no universo dos mutantes (após ter passado a última década com os Vingadores), Brian Michael Bendis inicia seus trabalhos no comando do principal título dos X-Men com uma história que envolve viagens no tempo e doenças fatais. Embalada pelos ótimos desenhos de Stuart Immonen, Novíssimos X-Men mostra o Fera trazendo ao presente a formação original da equipe (sim, a dos anos 60!) para confrontar Ciclope e fazê-lo repensar suas ações atuais. O mais interessante dessa proposta de Bendis, porém, é acompanhar como os heróis se relacionarão com suas versões passadas, e de encontros o roteirista entende muito bem. Vale a pena acompanhar?: Sim.
- Fabulosos X-Men: Foragido da lei e ainda sofrendo dos efeitos de ter sido dominado pela força Fênix, Ciclope está formando uma verdadeira revolução mutante para, ao seu ver, salvar a sua raça e retomar a confiança da humanidade. O problema é que nem sua própria equipe parece confiar nele (como mostra a página final da edição). Novamente no comando de um título dos X-Men, Brian Michael Bendis explora, ao lado do competente desenhista Chris Bachalo, o lado mais negro do líder original da equipe, que está aos poucos assumindo a posição antes de Magneto. A primeira edição, mesmo sendo interessante, não estabelece, entretanto, o caminho que a revista assumirá. Vale a pena acompanhar?: Fica pra próxima
Wolverine
- Wolverine: Vindo de uma sequência nada boa de arcos, a revista solo do Carcaju melhora um pouco o nível das histórias, mas ainda não está no ponto exato. Explico: Apesar de conseguir criar alguma tensão em sua estréia no comando do título, o roteiro de Paul Cornell é pouco convincente e os desenhos de Alan Davis não são daqueles que carregam a revista sozinho. Nem precisa dizer que a vontade de continuar lendo é zero, certo? Vale a pena acompanhar?: Não.
- Wolverine e os X-Men: Embora não tenha sido zerada pela Nova Marvel, o fabuloso título escrito por Jason Aaron sofreu aqui uma espécie de recomeço após os eventos finais de sua "primeira temporada". O humor e o ritmo alegre da revista, entretanto, não mudou em nada, e os desenhos de Nick Bradshaw só tornam ainda mais convidativo a trama para novos leitores. Vale a pena acompanhar?: Com certeza.
Homem de Ferro e Thor
- Homem de Ferro: Em sua edição de estréia na Nova Marvel, Tony Stark precisa enfrentar uma grande ameaça do passado que curiosamente coincide com seu inimigo do último filme. A tecnologia Extremis agora está espalhada em quatro lugares do planeta, e cabe ao Homem de Ferro resgatar esses pedaços em prol da sua amiga falecida do passado que... Pois é, não. A trama extremamente entediante de Kieron Gillen faz um péssimo início para o personagem, cujos desenhos são inconstantes nas mãos de Greg Land. Vale a pena acompanhar? Pelamor não.
- Thor: Por ser um deus, Thor quase sempre foi um personagem cujas histórias se voltavam para questões mais mitológicas ou terrenas. Em seu começo na Nova Marvel, entretanto, o tratamento do roteiro de um inspirado Jason Aaron coloca o Deus do Trovão em um novo - e interessante - cenário quando divide o roteiro em três linhas temporais. E pela primeira edição já dá pra afirmar que o resultado ficou bem legal: As constantes trocas de narrativa entre o Thor do passado, do presente e do futuro, que enfrentam aqui uma mesma ameaça, são bastante concisas, e o gancho final para a próxima edição é bastante funcional. O grande destaque, porém, fica para o croata Esad Ribic, cujas artes estão espetaculares. Vale a pena acompanhar?: Sim!
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