Às vezes não dá para ver tudo na estreia. Vamos às sobras:
O Reino Escondido
Com sua única franquia de sucesso praticamente esgotada, a Blue Sky Studio finalmente sai do universo de A Era do Gelo e começa a apostar em novas ideias com Rio (que já garantiu continuação para 2014) e essa adaptação do livro The Leaf Men and the Brave Good Bugs (Algo como Os Homens Folha e os Bravos e Bons Insetos em português). Apesar de bem intencionado, porém, o estúdio repete os mesmos erros das duas últimas aventuras de Manny e sua turma, insistindo em uma história fraca e com desenvolvimento rasos de seus personagens, incluindo até seus protagonistas, passando longe da carisma necessária para empurrar a história. Com problemas no roteiro, resta ao espectador apreciar a deslumbrante vegetação criada, de longe o ponto alto de O Reino Escondido, e lamentar que mais uma franquia tenha seu potencial desperdiçado.Nota: 4/10
Universidade Monstros
Após quinze anos de novos universos e histórias deslumbrantes, a Pixar finalmente percebeu o valor de suas criações e começou a se movimentar para lançar continuações destas. Agora, depois de um brilhante Toy Story 3 e um fraquíssimo Carros 2, o estúdio lança Universidade Monstros, prelúdio de Monstros S.A. que explora ainda mais o mundo atrás do armário de toda a criança. A ideia de voltar no tempo pode parecer uma ideia precipitada, mas acaba sendo perfeita: Ao invés de desenvolver sem cuidado o lindo final do primeiro filme, o roteiro elaborado por Dan Gerson, Robert L. Baird e Dan Scanlon procura descobrir mais sobre a ainda não explorada forte amizade criada entre Mike e Sully. Para isso, o trio aproveita as óbvias diferenças entre os dois (como musculatura e tamanho) para inseri-los no contexto universitário, onde essa mistura é facilmente vista e pode ser aprofundada. Desenvolvendo um ritmo excelente, a trama sofre leves tropeços em seu final, onde cria resoluções rápidas e eficientes, porém sem o mesmo brilho que vinha exercendo. Fora isso, a Pixar mostra novamente o porquê de ser considerada a melhor no mercado de animações e cria esperanças para Finding Dory, a continuação de Procurando Nemo tão desejada pelos fãs.
Nota: 8/10
Meu Malvado Favorito 2
Fundada em 2007, a Illumination Entertainment teve um começo brilhante com Meu Malvado Favorito e deixou no ar uma futura disputa com a Pixar pela hegemonia do mercado de animações. Seis anos depois, o estúdio tenta com a continuação da história de Gru voltar a esta posição, mas falha novamente miseravelmente. Ciente do sucesso dos Minions com o público, a produtora praticamente abandona o roteiro para encaixar os ajudantes amarelos e atrapalhados do vilão, agora praticamente um coadjuvante, em todas as cenas possíveis, fazendo de Meu Malvado Favorito 2 uma gigante propaganda para o futuro spin-off das adoráveis criaturas, que depois da décima piada com puns ainda fazem qualquer pessoa rir. Já a Gru e suas três filhas adotadas resta uma rasíssima e clichê história da procura pela mãe/par romântico ideal, personificada aqui pela agente Lucy Wilde. Divertido, mas sem a mesma graça do primeiro, a Illumination retorna aqui ao estágio inicial de qualquer empresa em termos de qualidade, mas com o mesmo sucesso de uma Pixar. A pergunta é: Até quando?Nota: 5/10
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