Dentre os filmes de fantasia, há uma trinca de séries de livros que dominam: O Senhor dos Anéis, Harry Potter e As Crônicas de Nárnia. Cronologicamente, os dois primeiros dessa trinca estão acabando: Enquanto que a Terra-Média está começando a fazer O Hobbit, o bruxo terá sua última aventura nos cinemas em julho. Pela linha de raciocínio, os narnianos serão responsáveis por continuar o gênero.
Mas a série, que teve seu 3° livro adaptado para o cinema este ano, teve problemas: a sua produtora, a toda poderosa Disney, decidiu não continuar a produzir a série literária. Nárnia encontrou abrigo, então, na Fox e fez o filme.
Mas As Crônicas de Nárnia: A Viagem do Peregrino da Alvorada representa bem o momento que a série passa: Transição. Com Pedro e Susana fora da aventura, resta à Edmundo (cujo ator Skandar Keynes está se parecendo cda vez mais com o Kaká!) e Lúcia (Georgie Henley, a que mais se destaca no filme em termos de atuação) conduzirem a trama com o Príncipe Caspian (Ben Barnes, agora em versão barbuda), o primo Eustáquio (Will Poulter, o ator bebê chorão). O objetivo: procurar os sete aliados do pai de Caspian, que foram mandados pelo malvado tio Miraz para explorar as ilhas de Nárnia.
O filme, por sinal, é de despedidas. Os últimos irmãos Pevensie cresceram, e essa aventura é a última com eles. Resta então à Eustáquio conduzir a série agora. Mas, como nos outros filmes, a direção de atores é ruim pra caramba, e ao invés de causar simpatia, o primo dos Pevensie causa repúdio.
Um dos fatores mais interessantes desse filme é realmente a tranformação que a série sofreu: a duração se alongou (de 2 horas foi para 3), tornando o filme um épico, mas é um épico sem ação. O ritmo é lento, e até as cenas de ação são cansativas. Ao contrário dos filmes anteriores, o filme dá sono em certos momentos e mesmo a obra sendo muita boa, ela não empolga. A transição não fez bem à Nárnia.
Resta agora à série 4 livros, sendo que duas são aventuras que seguem a cronologia. Mas, ao que parece, Nárnia deve se encerrar agora antes que ele seja lembrado como a série que teve as piores adaptações.
Nota: 5,5
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