Em 2004, em um dos quartos de Harvard, um jovem aluno da universidade criava o Facemash, site em que os colegas votavam na aluna "mais gostosa". O nome do aluno era Mark Zuckemberg, que mais tarde seria o bilionário mais jovem do mundo.
Essa é a premissa do filme A Rede Social, novo de David Fincher, que vai contar a história da criação do Facebook, maior site de relacionamento do mundo, com mais de 500 milhões de pessoas. Rede que tem vários escândalos e processos em sua história.
Fincher opta aqui em fazer algumas alterações na história. O fora que a namorada Erica dá em Mark no começo do filme é, afinal, falso, pois o criador do Facebook namora ela até hoje. Mas essas pequenas alterações não pioram o filme, ao contrário, dão à história toques cinematográficos. O diretor opta aqui por intercalar a história cronologicamente com os dois processos que Zuckemberg sofreu por parte dos irmãos Winklevoss e do brasileiro Eduardo Saverin. Além disso, David Fincher mostra a história como ela é, sem puxar o saco do Facebook.
Mas o filme brilha por outra razão: Ao querer que as pessoas se conectem e se relacionem, Fincher mostra de um ângulo incrível que Zuckemberg se auto isola do mundo, virando uma cópia do Cidadão Kane de Orson Welles. É brilhante notar que as escolhas tomadas por Mark afetam a ele e às pessoas em sua volta.
Em termos técnicos, note a atuação incrível de Jesse Einsenberg como Mark Zuckemberg e Andrew Garfield como o brasileiro Eduardo Saverin (note que ele será o próximo Homem-Aranha no cinema). A trilha sonora composta Trent Reznor é muita boa pois ele combina clássicas músicas para o som de computadores, o que é brilhante.
Para aqueles que tem uma página de Facebook e tem medo de assistir o filme eu recomendo muito pois é interessante descobrir como foi criado essa rede e é um possível candidato ao Oscar do ano que vem.
Nota: 10
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