Por Pedro Strazza
Agora em sua reta final de novos lançamentos, a Nova Marvel apresenta neste penúltimo mês de novidades a reformulação do título X-Men Extra e a estréia dos Jovens Vingadores em Homem de Ferro e Thor, como também os encadernados de Capitã Marvel e Selvagem Wolverine. Entretanto, serão analisados nesse especial apenas as duas primeiras citadas, pois daremos um foco maior nos outros dois títulos com suas respectivas críticas.
Confira então o que há de bom e ruim nas novidades da Nova Marvel deste mês:
X-Men Extra
- X-Men: Lideradas por Tempestade, o título mais feminino (afinal, só há mulheres nesse grupo) do universo mutante tem um início dos mais parados. Com arte competente de Olivier Coipel e roteiro de Brian Wood, a primeira edição tem muito mais papo e mistério do que algum andamento mesmo, deixando a ação para o número 2. Agora, será que o público vai querer fazer isso? Vale a pena acompanhar?: Fica pra próxima
- X-Men - Legado: Apesar de apresentar uma arte interessante de Tan Eng Huat, a revista solo de David Haller, filho do falecido Charles Xavier e mais conhecido como Legião, desaponta fortemente no roteiro. A trama elaborada por Simon Spurrier tenta a todo custo equilibrar a realidade do personagem com sua confusa e doida mente, mas só consegue nada mais que tédio no final. Não é à toa que já esteja cancelada, logo. Vale a pena acompanhar?: Não.
- Fabulosa X-Force: Agora que Wolverine tem que dirigir uma escola da maneira mais respeitável possível, sobrou para Tempestade a tarefa de liderar a X-Force, dissolvida pouco antes da Nova Marvel. Mas com os novos integrantes sendo tão fracos (Fomos de Deadpool à Pigmeu? Sério?) e o capítulo inicial não ter atrativos próprios, uma história não-genérica ou um gancho instigante, acompanhar essa nova face do time torna-se bastante complicado. Principalmente se você pensar que a primeira edição tem um bilhão de referências a fatos ocorridos no passado ou em outras séries. Vale a pena acompanhar? Não se você não for um fanzaço da Tempestade.
- Deadpool: Depois de encarar uma versão maluca de si mesmo, dispensar uma namorada das mais loucas e querer se matar, Deadpool parece ter finalmente voltado ao "normal" nos quadrinhos, sendo o maluco habitual de sempre em histórias que não ultrapassam o limite da doidera - mas que pelo menos atinjam esse nível. Para você entender melhor, o exemplo: Sob o comando de Gerry Duggan e Brian Posehn nos roteiros, o herói mais tagarela do Universo Marvel enfrenta nesse início de ciclo versões zumbi dos presidentes dos EUA a mando da SHIELD, que precisa de um justiceiro "não tão popular" para fazer o serviço sujo, e com a ajuda de um Ben Franklin fantasma. E por incrível que pareça, isso não cai no ridículo! Vale a pena acompanhar? Sim.
- Cable e X-Force: A segunda X-Force da Nova Marvel só dá motivos para ser ignorada. Além da arte nada inspirada de Salvador Larroca e da trama que mais parece um epílogo de Vingadores vs. X-Men para Esperança e Cable, o roteiro de Dennis Hopeless emula um ar anos 90 nada agradável e dispensável em sua montagem, com situações confusas e inexplicáveis acontecendo a todo momento. Algo desnecessário, no mínimo. Vale a pena acompanhar? Se você tem bom-senso, não!
Homem de Ferro e Thor
- Jovens Vingadores: Apesar de estar nesse mix somente por conta da presença de Kid Loki, essa série merece destaque por outro motivo. Reunindo apenas heróis adolescentes, o título escrito por Kieron Gillen traz sensibilidade no ponto certo para abordar o relacionamento dos homossexuais super-poderosos Wiccano e Hulkling, mas também sabe partir para a porrada no momento certo sem cometer os exageros habituais dos quadrinhos, ilustrados com competência por Jamie McKelvie e Mike Norton. Vale a pena acompanhar? Sim!
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