quinta-feira, 10 de março de 2011

Crítica: Gnomeu e Julieta

Sheakespeare é talvez o escritor mais conhecido da atualidade. Dentre suas milhares de obras conhecidas, incluindo aí ideias geniais como Henrique V, Hamlet, A Tempestade e O Mercador de Veneza, a mais gasta no cinema com certeza foi Romeu e Julieta. De adaptações literais à referências indiretas, o amor impossível vivido pelos dois protagonistas é já bastante conhecida do público. Mas, já que ela é uma obra tão conhecida, como introduzi-la ao espectador mais jovem, ou seja, o povo infantil?
A resposta pode ser conferida no filme Gnomeu e Julieta. A história aqui é adaptada para o jardim de dois velhos rabugentos, o Sr. Capuleto e Sra. Montéquio. Em vez de humanos se digladiando, temos aqui gnomos de jardim fazendo corrida com cortadores de grama.
A adaptação chega a ser boa: as piadinhas que os gnominhos fazem são muito engraçadas, a animação é bonitinha, a trilha sonora feita com músicas de Elton John encanta os mais velhos e o som dos enfeites de porcelana se tocando é bonitinho demais. Há inclusive a presença de Shaekespeare em sua própria obra, alegando que seu final é mais interessante (que é obviamente amenizado para a criançada). Quanto à dublagem, Ingrid Guimarães consegue cobrir em parte o elenco estrelado de vozes, que contam com gente como James Macvoy, Emily Blunt e Michael Caine.
Mas o mais interessante no filme é talvez o fator despreocupação: por ser uma animação infantil, Gnomeu e Julieta não se esforçam em alcançar algo mais que o desejado. Não se cria aqui uma pequena lição de moral, se dá um pequeno conhecimento à criançada, a história de um amor verdadeiro.
 
Nota: 8,5

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